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Angela estava sentada na escada em frente a sua casa, descascando algumas batatas para os planos de mais tarde, quando viu Camilo se aproximar. Conhecia o homem a tempo suficiente de saber, o que ele queria.

- Ele vai contar a nós mais tarde Camilo. Não precisa ficar ansioso. É a família dele.

- Eu sei. Mas ainda sinto que tem coisa aí. Essa ilha é grande, como não acharam ele aqui? Só temos três vilas.

- Mas procuraram aqui. Só que trouxeram uma história que não batia com a dele, então ninguém disse que fazia sentido ser ele. E outra, aqui chamamos ele pelo apelido, Juninho. Perguntaram por Antonio lá na praia e na pousada.

- Hum. E por que então vieram pra cá? Se já tinha procurado?

- A Mulher. Aquela loira que você disse ser bonita. Ela não desistiu, do sentimento dela. Você já amou, Camilo? – O homem abriu um sorriso faceiro olhando para a mulher – Tá! Eu sei a resposta. Agora imagine, amar ao ponto de sentir o que o outro sente? De saber onde o outro está, ou como está? Ela sabe. Ela sente. E eu aposto que ele também.

- Será que vai ficar tudo bem pra eles?

- Não sei Camilo. Antonio está assimilando a decisão que tomou. Vamos orar e cuidar dele.

Os dois sorriram um ao outro. Sempre foram unidos, não seria diferente para o ex casal.

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