• Carta Dez •

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Antonio, eu tive uma lembrança nossa. Na verdade foi um sonho, vívido e real. Você não apenas voltava, mas eu o encontrava, em uma praia. Eu sei que é você, pois eu o reconheceria em qualquer multidão, meu lutador.. Você está lindo, vestindo uma camisa branca solta e a calça bege, com o cabelo mais comprido em cima, balançando devagar no vento. Reparo também em seu braço, e uma tatuagem cobrindo-o todo, com rosas e algo que se assemelhava a nuvens. Me aproximei, andando, controlando meu corpo para não gritar e correr. Você virou, me viu e esse sorriso que me desmonta a alma, me atingiu. Corri.

Você me pegou no colo, me abraçou, me beijou e sussurrou que me amava, que estava aqui, que nunca mais me soltaria. Eu podia sentir Antonio, seu calor, seus lábios, sua mão em meu corpo, sua pele macia, seu peito arfando contra o meu, e todo o meu corpo estremeceu. Eu pude sentir você, é eu sei que senti, pois meu peito explodiu em expectativas, em amor. Em meu sonho, eu também pude ter você como homem, e meu Deus, como eu sinto sua falta, Antonio!

Mas foi um sonho. Acordei mais um dia. Você não voltou ainda. Isso é injusto demais.

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