Maria (Completo)

Sing Off, por Maria

Fui direto para meu quarto e depois de um banho procurei por Matt na mansão. Ele estava no escritório olhando uns papéis em cima da mesa e chamei sua atenção batendo na porta.

– Maria, como foi seu dia? Tudo bem com sua mãe?

– Minha mãe está ótima. Recebeu até uma visita famosa hoje.

– Jura? Quem?

– Bryan. Ele até levou flores. Minha mãe é doida nele.

– Quem não seria, ele é lindo – Disse Matt distraído.

– O que você está fazendo?

– Tentando não ter um surto psicótico. Eu já tive mil ideias para as finais e nenhuma parece digna. É muito difícil superar uma líder de torcida dando pirueta no palco.

– Desculpa – E Matt me olhou como se eu tivesse o xingado.

– Jamais se desculpe por ser uma estrela – Disse sério – Vamos jantar que depois eu resolvo isso.

Nick se juntou a nós no jantar e ele estava diferente. Eu não sei dizer, mas ele parecia radiante. Contei como foi meu dia com minha mãe e da visita de Bryan e fomos dormir. Eu estava tendo um sonho divertido, eu via meu irmão no palco tocando piano quando de repente eu dou um pulo da cama e solto um grito por causa do barulho de uma buzina. Matt deu uma gargalhada na porta do me quarto e saiu correndo.

De volta a rotina militar, desci, comi, malhei e fui direto para a sala de música. Matt me deu uma partitura e começamos a ensaiar e ele não gostou. Ele me deu outra partitura e também não gostou do resultado. Nós tentamos outras duas músicas e ele sempre dizia que não estava bom, que faltava algo. Eu não sabia o que é que estava faltando.

Fomos almoçar e depois do almoço a frustração só aumentava. Demos um tempo nas partituras e Nick começou seu ensaio um-a-um com Matt. Ele estava arrasando, seus vocais estavam incríveis. Matt as vezes interrompia Nick e dava explicações sobre postura, respiração, embocadura, e muitos aspectos técnicos para que Nick tivesse a melhor técnica para alcançar notas agudas, ou sustentar notas longas sem forçar suas cordas vocais ou machucar sua voz.

Eu conseguia entender parte do que Matt explicava, mas outras não faziam muito sentido. Cantar era algo que eu fazia naturalmente, eu não tinha técnica. O pouco que eu aprendi durante essas semanas é tudo o que eu sei. Pedi licença e fui pra meu quarto. A vontade de chorar era grande e não quis descer para jantar, estava sem fome.

Ouvi batidas na porta e Matt entrou no quarto.

– Precisamos ensaiar.

– Pra você me dizer que não está bom e me dar outra música?

– Exatamente.

– Não, obrigada.

– Como?

– Me deixa esfriar a cabeça por 5 minutos pelo menos?

– Nós não temos 5 minutos, as finais são em 3 dias.

Levantei da cama e fomos para a sala de música. Fiz alguns exercícios vocais e tentamos uma outra música. Parecia estar indo bem, mas a cara de Matt denunciava que ele também não estava gostando.

– Chega. Isso não vai dar certo.

– Precisamos de uma música.

– Eu sei! Mas eu não consigo melhorar quando eu não sei o que está errado!

– Põe pra fora.

– A vontade que eu tenho é de quebrar alguma, de raiva!

– Então quebra!