The Big Apple, por Maria

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Quando eu voltei para o quarto liguei para minha mãe. Ela disse que a estavam transferindo de quarto e eu fiquei preocupada. Pedi para falar com uma das enfermeiras e me explicaram que minha mãe ia para uma ala diferente do hospital. Uma espécie de quarto de luxo. A marca que literalmente comprou a vaga de Matt no programa é a IS, Intelligent System, que fabrica processadores de computador. Eles revolucionaram o mundo da informática há uns anos atrás.

Eu não entendo muito de informática, mas na época que eles surgiram meu irmão me explicou que comparar um computador com o processador deles com um outro computador de processador comum era o mesmo que comparar um foguete da NASA com uma calculadora. Eu não faço ideia de como Matt e o dono da empresa se conheceram, mas eles tinham uma coisa em comum e eu queria fazer alguma coisa a respeito disso.

Levantei, tomei banho e fui até o quarto de Dylan. Ele acordou desorientado e só levantou da cama depois que eu saí de seu quarto. Enquanto ele se arrumava eu fiquei pensando na possibilidade de ele estar dormindo nu e meu rosto ficou quente. Ele já era bonito, mas o treinamento militar estava deixando-o ainda mais gato com um corpão sarado digno de capa de revista.

Entramos na sala de jantar e o café da manhã já estava posto à mesa. Mia era a empregada da noite e foi ela quem nos serviu o café. Ela não podia conversar muito, mas disse que todos os funcionários da casa estavam torcendo por mim. Até a Sra. Schusmann comemorou quando fui salva pela votação popular.

Matt entrou na sala de jantar e precisei me lembrar como fazia parar respirar. Ele estava com uma calça de moletom e chinelos. Sem camisa. Ele era inacreditavelmente lindo e seu abdômen definido estava tirando minha concentração.

– Aconteceu alguma coisa? Cansaram da buzina? – Perguntou ao se sentar na cabeceira da mesa e comer um morango. Um homem lindo comendo um morango é sexy demais e de novo eu estava com o rosto quente.

– Eu queria conversar com Dylan antes de te fazer um pedido.

– Pedido?

– Para nosso dueto, nós podemos cantar Empire States of Mind?

– Por quê?

– Você construiu sua carreira em Nova Iorque e é lá que fica a sede da IS.

– Então você quer ao mesmo tempo fazer uma homenagem para mim e para o patrocinador do programa? Você tem futuro nessa indústria.

– Eu também tive uma ideia, mas deixa para a sala de música – Disse Dylan e concordamos em silêncio com aquilo.

Depois da rotina matinal de exercícios fui para a aula de dança, Matt já tinha escolhido minha próxima música da apresentação solo e eu iria descobrir agora. Entrei no estúdio de dança e dessa vez era uma mulher quem me esperava.

– Bom dia Maria, meu nome é Ana Kornichenko – Ela era linda, alta, magra, lindos olhos azuis e os cabelos castanhos. Seu sotaque forte não escondia sua origem russa.

– Bom dia.

– Já praticou balé alguma vez?

– Nunca.

– Já dançou alguma vez?

– Eu era líder de torcida, conta?

– Conta. Significa que você tem alguma noção corporal.

Ana era muito exigente e passei quase duas horas na sala. Balé é muito mais difícil do que se pode imaginar e eu não havia entendido o objetivo daquela aula. Alguma coisa Matt queria de mim, ele não faz nada por acaso.

Fui direto para o banho depois da aula de dança e depois do almoço fui para a sala de música. Matt estava de camisa dessa vez. Uma justa que marcava cada um dos seus músculos perfeitamente desenhados, mas de camisa. Ele me entregou a partitura e eu fiquei confusa.

Maria (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora