Novo Time Matt, por Maria

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Entrei na van e fui para a mansão. Eu entrei na casa e ia me encaminhando para meu quarto quando escuto o barulho da porta e Matt vem correndo e gritando meu nome.

Eu me virei e ele já estava com seus lábios nos meus. Eu não devia, eu não podia, mas meu corpo se mexia sozinho e eu retribui seu beijo. Sua língua passeava pela minha, suas mãos seguravam firme minha cintura e ele me puxava para ele. Nós estávamos a um segundo de tirar a roupa e fazer uma loucura quando ele me empurrou para longe e se afastou colocando as mãos no rosto.

Matt estava com o olhar transtornado, ele se jogou no chão e começou a pedir desculpas.

– Matt, Matt. Para!

– Perdão, Maria. Me desculpa! – Ele estava quase chorando.

– Matt para! – E eu pela segunda vez lhe dei um tapa no rosto. Dessa vez com bem menos força.

Ele ficou me olhando catatônico e eu me sentei no chão.

– Eu beijei de volta porque eu quis. Porque eu quero.

– Eu não posso, Maria. Mas te ver daquele jeito, cantando pra mim, dançando pra mim. Eu não sou de ferro. Você é linda demais, é boa demais. Eu não sirvo pra você. Eu não sirvo nem pra mim mesmo. E você é minha candidata.

– Matt.

– Quando o programa acabar a gente tem essa conversa, mas hoje, nesse momento não dá. Só eu sei o quanto eu quero rasgar esse vestido e te levar pro meu quarto, mas não posso – Ele levantou e começou a andar.

– Matt, espera!

– Por favor, Maria. Ou amanhã nós dois vamos nos arrepender.

E ele continuou andando e subiu as escadas. Meu coração batia tão rápido que eu achei que fosse ter um infarto. Eu levantei e fui para o quarto, precisava de um banho frio. Estava tão atordoada que entrei na água fria com tudo e quando me dei conta da burrada tive que lavar meu cabelo e passar quase uma hora secando antes de dormir.

Na manhã seguinte Matt não me acordou e o motorista estava me esperando para me levar até o hospital. Desde que o programa começou esse tinha sido meu primeiro dia de folga. Folga mesmo, sem aula de nada, sem academia. Até a comida sem gosto do hospital parecia gostosa nas primeiras garfadas.

Cheguei na mansão pouco antes do jantar e me assustei com uma gritaria. Corri para ver de onde vinha e vejo Nick saindo da sala de música aos berros, xingando todos os palavrões que conhecia. Ele só parou de xingar quando me viu e seus olhos se arregalaram. Ele passou por mim e disse "Depois" e subiu as escadas. Deu para ouvir a porta batendo lá de onde eu estava.

Caminhei até a sala de música Matt estava vermelho e resmungando. Ele me viu e parou. Então se sentando no piano ele fez sinal e eu fui até ele. Puxei um banquinho que usávamos nas aulas e me sentei.

– Como foi seu dia? Está tudo bem com sua mãe?

– Minha mãe está ótima, os médicos estão bem satisfeitos com a evolução da sua recuperação. E meu dia foi bom, eu até comi chocolate.

– Vou lembrar disso amanhã na academia.

– Ah... – Reclamei.

– E entre a gente, está tudo bem?

– Está sim, Matt. Eu te entendo e obrigada por me respeitar.

– Não é fácil Maria. Mas é o que precisa ser feito.

– Eu sei. E o que diabos foi aquilo?

– Seu amigo não gostou da música que eu escolhi para a roleta dele.

Maria (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora