🌌•XI•🌌

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Assim que a escuridão de Rhysand se dissipou, eu fechei meus olhos pela claridade que me cegou.

– Bem-vinda a Velaris, Stella. – Rhysand falou.

Abro meus olhos, dando lugar a uma grande casa a beira de um enorme rio. Ainda segurando a mão de Rhysand olhei para trás vendo ao fundo uma ponte. Ligando um pedaço de terra a outro. Era incrivelmente lindo e impressionante. Dava para ver prédios e casas coloridas. Uma elevação parecida com uma montanha, com uma linda construção que refletia facilmente a luz do Sol, deixando tudo ainda mais belo e aconchegante.

Essa era Velaris...

Meu sonho de criança... não, da vida inteira, aqui, na minha frente.

Eu poderia continuar absorvendo tudo ao meu redor se Órion não tivesse me despertado.

– Gostou? – ele perguntou entusiasmado.

Como ele achava que eu teria um opinião negativa sobre... isso?

Sem nem conseguir falar, pois sei que minha voz sairia totalmente falha, apenas acenei com a cabeça.

– Bom, então vamos. Preciso de um banho. – Morrigan falou.

Fomos todos em direção a porta gigantesca daquela casa. Tinha um belo jardim de entrada e uma gigantesca escadaria que dava para a porta principal.

Como não queríamos andar, já estávamos todos cansados de tudo, atravessamos diretamente para dentro da casa.

Parecia mil vezes maior quando estávamos dentro. Haviam quadros na parede da família inteira. Sofás que me deixavam com sono só de olhar. Lustres gigantescos, tudo gritava conforto e família, e principalmente, riqueza.

Uma coisa que eu posso ter a certeza de dizer sem me arrepender, é que quem decorou essa casa pode ser tudo, menos brega.

Todos os objetos conversam entre si, deixando um clima ameno e gostoso ao ambiente.

Vi que todos estavam me encarando com olhares curiosos sobre mim. Provavelmente queriam saber minha opinião sobre a casa. Mas então porque eles simplesmente não perguntam logo?

Ninguém falava nada, e o clima já estava ficando super desconfortável.

Até que sons de passos se fazem presente.

Um pequeno feérico desce as escadas correndo. O que eu consegui ver daquele pequeno vulto eram asas... e só.

Não deu tempo!

Eu achei que como ele era cria de Rhysand e Feyre, ele correria até os mesmos. Mas não. Ele foi até o Encantador de Sombras e agarrou suas pernas.

Logo Azriel pega o menino em seu colo e deu um sorriso pra ele.

Aqueles sorrisos que só ele tinha. E se tornava ainda mais especial, por ser dado apenas a poucas pessoas pelo que eu percebi rapidamente.

Aquele garoto era especial pra ele.

Mas ainda sim eu olhava a cena com o cenho franzido, curiosa.

– Não ligue, eu já superei. Parece que meu próprio filho ama mais o tio idiota do que eu. – diz Rhysand com uma expressão falsa de dor no rosto.

O menino que parece perceber minha existência somente agora, direciona seus olhos violetas em mim.

Somente agora que pude ver suas feições com mais detalhes. Tem pequenas asas illyrianas enfeitando suas costas. O cabelo loiro meio castanho puxado de Feyre, assim como a maioria de suas feições. A única coisa de Rhysand, eram os olhos e o sorriso travesso que ostentava sua face.

Corte de Sombras e DescobertasOnde histórias criam vida. Descubra agora