Capítulo Dez - Lauren Tepes

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Ajudem a autora aqui a crescer, manda a fanfic para aquela pessoa que sabe que pode se interessar aqui. Todas as segundas com novos capítulos, sem falta hein!

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Lauren notava o orgulho na face de Camila, estava ansiosa por aqueles momentos, os olhos marrons brilhando enquanto sua cabeça quase pegava fogo pensando em formas de desbloquear o poder total do Vampire Killer. A vampira mantinha-se quieta, enquanto a observava, os olhos vermelhos quentes e ainda focados na garganta da Belmont.

A quem queria enganar? Estava sedenta por aquela mulher e não sabia os motivos para tal. O corpo? Não. Tinha um corpo divino, mas não era isso que prendia seu olhar nela. Os olhos? Eram olhos humanos comuns, marrons que com o sol tornavam-se mais claros, e no cair da noite, mais escuros. A boca? Era carnuda, mas ainda nada. Os dentes nem tinham as presas salientes. Era de impressionar aqueles dentes, poderia jurar que dentes humanos eram amarelados de tanto que via por aí, porém os delas eram brancos como as nuvens do céu.

A personalidade? Santa morte, jamais alguém com aquela personalidade sobreviveria tanto tempo conversando com ela. Contudo, ela não conseguia, não se sentia capaz de fazê-la perder o ar, não se sentia capaz de empalar ela como fazia com os assassinos ao redor do castelo, não se sentia capaz de ver aqueles olhos perderem o brilho e também tornarem-se mais gélidos do que já são.

Respirou fundo enquanto via ela gesticular conversando com a feiticeira do lado. Adrian parecia focado de mais nas duas para reparar nos lábios ressecados da irmã ou até mesmo nos olhos chegando a tons mais escuros de vermelho. A cor sangria de seus olhos fariam qualquer um tremer na base se reparassem.

Negou um pouco com a cabeça, precisava acordar de seus sonhos impróprios, lambeu os lábios desidratados esperando que aquele pequeno problema fosse resolvido. Mas não foi, ainda estava com as rachaduras ali, precisava de mais sangue, precisava da Belmont em cima de si beijando-a, acariciando-a e...

- Lauren! - Um pequeno grito se fez presente trazendo-a de volta para a realidade.

- Parou de me secar sanguessuga? - Camila falou, não era tom de insulto, por isso Lauren não levou a sério, a Belmont tinha os braços cruzados demarcando os músculos na camisa de linho. Os olhos de Lauren voltavam e desviavam várias vezes só por aquilo, pensava em como suas mãos poderiam apertar aquela carne e marcá-la.

- Não estava encarando você, estava pensando. - Mentiu.

- Certo, vou fingir que acredito em você. - Camila se recostou na cadeira, agora sorrindo ao reparar os olhos vermelhos nos músculos dos seus braços.

Lauren também se arrumou na cadeira, agora tirando os olhos de Camila e focando em Adrian, precisava tirar a Belmont da sua cabeça com urgência.

- Certo... - Adrian tentou voltar ao assunto anterior. - O chicote está selado em sua forma mais simples. Para destravá-lo será necessário as mãos de um Belmont e uma morte de alguma criatura cruel o suficiente para que o chicote sugue a alma, pelo menos, foi o que foi feito todas as vezes.

- Lembro de Eduard Chandon, ele conseguiu segurar o chicote na forma simples, mas sem o sangue Belmont foi queimado pela força do chicote quando ele tentou usá-lo para chicotear uma criança por roubo, o Vampire Killer tomou a alma do homem para si e foi aberto. O que nos mostra que nem sempre precisa ser uma criatura noturna ou até mesmo um vampiro para conseguir liberar a potência do chicote. Ele nem mesmo deveria receber o nome de "Vampire Killer", está mais para "Devorador de Almas". - Lauren falou, certeira como uma flecha.

- Se o chicote estava liberado e qualquer pessoa poderia tê-lo em mãos... - Allyson começou, mas Camila sabia onde aquilo levaria todos eles.

- Não Ally, ninguém conseguiu empunhar o chicote, todos que tentaram foram queimados como Eduard Chandon. - Camila falou batucando as unhas na mesa pensativa.

- Lembrando que só os tolos tentaram pegar o chicote. Mulheres, crianças, homens de família, trabalhadores, todos eles sabiam o que aconteceria se tentassem. Porém os ricos, homens de igreja como padres, bispos... caçadores de recompensa, estupradores, matadores e caçadores de sangue ruim tentaram, mesmo conhecendo a lenda do Vampire Killer. O que quero dizer é... se queremos liberar a potência do chicote teremos que matar alguém ruim com ele e drenar sua alma. - Lauren encarou Camila após terminar de falar, a morena sorria de maneira travessa.

- Parece que fizeram bem o dever de casa. - Elogiou.

- Ora Belmont, somos filhos de alguém importante e mãe humana, o que sabemos é pelo menos o mínimo. Não nos tome por estúpidos. - Adrian rebateu, odiava quando pensavam que eles eram burros.

- Não foi isso que quis dizer, só que é... diferente, ver vampiros empenhados em entender alguma história sem ser a própria. - Falou dando de ombros.

- Com que tipo de pessoas convivia? Vampiros conseguem armazenar muitas informações, somos inteligentes justamente por isso, sabemos selos antigos, magias esquecidas, histórias de caçadores importantes e até mesmo histórias das casas principais ao redor do mundo. - Ainda era Adrian, bufou em desgosto. Odiava a Belmont ser um poço de desinformação, mas algo que ele não reparou e Lauren sim foi seu sorriso. Predatório e enganador, ela podia sentir a áurea de fúria e também suas inverdades.

Era mentira, a Belmont poderia sim ser desinformada em muitos pontos como ela é bem leiga sobre qualquer tipo de magia, como a Primordial. Mas sobre vampiros e sua inteligência não, ela sabia até de mais e tinha muitas lacunas de mistérios em sua cabeça.

Não é à toa que ela é uma Belmont.

- Encerrando esse caso, temo que devemos estudar uns aos outros antes de ir atrás de alguém para matar. Todos de acordo? - Todos anuíram com a cabeça, aquilo era só o começo do dia.

[...]

O tempo correu e a tarde foi iniciada com treino de força entre os irmãos vampiros. Lauren e Adrian socavam um ao outro na frente do castelo tendo a atenção de Camila e Allyson neles, pelo que elas teriam entendido, quem derrubasse ou tirasse sangue primeiro vencia.

Os passos eram majestosos, as mãos subindo e descendo fechadas em tentativas de acertar o corpo do outro, Camila conseguia perceber as diferenças entre os dois. Adrian era mais enérgico, ia com muita sede ao pote, sendo assim, Lauren conseguia interceptar seus ataques antes que o mesmo conseguisse concluí-lo.

Já a Tepes tinha a graça de um pássaro, mas a força e agilidade de um lobo, abaixava evitando ataques mais rápidos e conseguia acertar alguns no estômago de Adrian que mantinha a guarda aberta, claramente um erro que teria que ser corrigido o mais rápido que pudessem.

Foi rápido, Adrian não esperava um soco duplo. Lauren ergueu as mãos fazendo como quem fosse acertar novamente na barriga, mas foi desviado, o outro braço foi direto na face do loiro e com a breve pausa, conseguiu acertar outro na barriga. O estalo da pancada foi alto o suficiente para fazer os pássaros voarem das árvores, a visão de Adrian turvou e com isso foi seu fim, o pé da morena foi direto em seu rosto o derrubando com o nariz sangrando, obviamente não demorou muito para que o sangue estancasse.

- Está bem? - Lauren perguntou abaixando-se ao lado do irmão.

- Pronto para a próxima! - Sentou e sacudiu a cabeça. Lauren sorriu. - Ótimo, tem algumas coisas para concertar na sua postura.

Lauren notou as falhas no irmão e iria corrigi-las ali e agora. Camila sentou no chão agora tendo suas espadas e adaga em mãos, entregues por Lauren antes de saírem do castelo. Puxou um pedaço de pedra de amolar do bolso, começando assim a afiar suas armas de combate.

Allyson se afastou também treinando sua paz interior e a magia. Era complicado todos aqueles movimentos de mãos e palavras difíceis saindo da boca dela, Camila não se atreveria nem mesmo a perguntar o que era aquilo.

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Vocês mal sabem o que terá no próximo, nos vemos em breve!

Castlevania - Entre VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora