Castlevania - Entre Vampiros

Capítulo Quatorze - Saint Germain e a Chave do Alquimista

Capítulo escrito dia 08/09/23. O provável é ele sair segunda do próximo mês. Todos os capítulos estão sendo agendados para todas às segunda ao meio dia.

Não esqueçam a estrela e os comentários, ajudem a autora a crescer. Capítulo trabalhoso, muitas pesquisas, o próximo teremos nossa Lauren, hoje vocês ficam com a Belmont. Beijos e até segunda!

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Camila Belmont Cabello's Point Of View

O sentimento, o choque, a sensação de novidade. Tudo aquilo era como andar em ovos, a adaga estava no chão, esquecida. Fúria estava quieto, como se estivesse dormindo, nem mesmo os pássaros cantarolavam. A sensação de borboletas em minha barriga, o apertar no peito. Paixão?

Tão pouco tempo para que qualquer sentimento tenha sido desenvolvido, se firmado de verdade. Eu sei, eu já sabia das tentativas de Lauren, os charminhos soltos, as cantadas fora de hora, aquelas pequenas brechas em que os sorrisos dela tornavam-se mais lascivos... Ela não me queria para uma noite, antes fosse para apenas uma noite, Lauren desejava mais, desejava sentimentos, sensações, momentos. Coisas que eu nunca senti para saber se era o que eu realmente estava sentindo por ela. Eu não sabia.

E agora, com as mãos dela segurando a minha, como um pedido para que eu não recusasse ela, para que não mentisse. Como eu mentiria sobre algo que nunca senti antes? Como eu poderia me jogar de cabeça dessa forma para que no final, tudo fosse partido como uma folha antiga e gasta dos anos.

- Lauren... isto que deseja, esse algo... - Os olhos mudaram de cor, do verde escuro de esperança tornaram-se azuis, limpos como a água. Os olhos dela passavam seus sentimentos, os sentimentos dela em relação a qualquer coisa. - Eu nunca senti nada assim, não sei o que deseja de mim, mas temo que talvez eu não sabia dá-lo a você.

- Eu também nunca senti nada assim, mas já ouvi falar, você não? - Perguntava inocentemente. Lembro-me da segunda vez que me deitei com uma garota, ela era extremamente emocionada, falava de amor, de laços, que me desejava não somente como uma amante passageira, mas para a vida toda. Não doeu para mim partir as esperanças dela, quebrar as expectativas, desfazer os laços que ela desejava. Para mim, o que ela dizia era a mais pura loucura.

Mas aqui, olhando para Lauren... Encarando aqueles olhos. Dizer que não queria nada era mentira, e eu não estaria mentindo só para ela, eu estaria mentindo para mim mesma. Tinha algo, aquela chama silenciosa, aquela faísca, a luz que passava por entre os galhos das árvores. Apertava meu peito, um aviso mudo e seco.

- Talvez o que tentaremos não dará certo, acha uma boa ideia correr riscos? - Perguntei. Apertei as mãos dela, um pedido mudo para que pensasse bem, valia a pena tentar para não dar certo no fim, valia a pena se machucar dessa forma? Ou talvez eu fosse apenas uma pessoa muito pessimista.

- Para mim vale qualquer coisa, e corremos riscos todos os dias. Tentaremos destruir a morte e matar meu pai Camila, você não foge de nada, agora vai se acovardar por causa de sentimentos? - A voz vacilava de gentil para áspera, ela não queira receber um não, mas quem em sã consciência gostaria de receber um não para qualquer coisa que fosse.

Respirei fundo, palavras naquele momento seriam de mais para mim, teria que mostrar para ela que eu tentaria. Os lábios chamativos ainda estavam próximos, uni nossas bocas para mostrar que aceitava, que tentaria por ela, que talvez nem tudo desse errado.

Rompemos o beijo com leves selares gentis, era aqui que começávamos a dar um novo passo nessa vida, juntas.

[...]