Capítulo Treze - Deixar Saber

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Olá cubos de gelo ou eu deveria chamá-los de pequenos vampiros? Bom, é nesse capítulo que finalmente teremos coisas mais intensas, para deixar o clima mais agradável, escutem a música enquanto leem, se preciso, olhem a tradução dela. 

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Lauren Tepes Jauregui's Point of View

Mais uma semana se passou e eu olho você Belmont, mesmo quando fecho meus olhos você está lá, a cama que deito-me a noite é fria. Por quais motivos me deixou sozinha, por que não me diz o que sente? Quem é você de verdade? São tantas perguntas... Por que está me deixando queimar sozinha? O amanhã vem e vai antes que eu perceba.

Eu olho para você e só enxergo um belo anjo, e então eu só preciso que você saiba. Todas as vezes que tento contar o que sinto você esquiva, é como se percebesse meus planos antes mesmo que eu os execute. Você parece ser o sangue que escorre por entre meus dedos, não consigo segurar você em minhas mãos, isso me quebra.

Seus olhos falam comigo, sussurram que você é única para mim, preciso demonstrar isso. Acho que quando eu olhei para você e você olhou para mim sentimos o trovão, uma verdadeira conexão, eu colocaria montanhas aos seus pés se assim desejasse, devo ser mais direta? Olhe para mim, veja como meu rosto se torna ao encarar você. Nada mais que orgulho e amor, um amor proibido que brota em meu peito, quente de mais para tentar esfriar, quebrando minhas paredes, atravessando meus rios, você é impossível Belmont.

E aqui estou eu, deitada de lado em minha cama, olhando a parede branca e o vento soprando as cortinas, um vai e vem, uma dança. Me daria a honra de dançar com você? Posso compor uma música para nós, posso escrever poemas, um livro quem sabe? Os anjos estão cantando em meu ouvido, tornando-me impaciente, deixando-me maluca.

Eu queria que as horas passassem mais devagar, como já são seis horas da manhã? Em que universos pensar em você me levam? As vezes palavras não são o suficiente, talvez eu deva prender você, fazer com que seus lábios toquem os meus, leva-la a loucura, delírios de amor.

Eu só preciso te deixar saber.

[...]

Caminhei pelos corredores tentando encontrá-la, em minhas mãos uma rosa vermelha e uma adaga mágica, um presente. Lembro-me quando era criança e meu pai mostrou está adaga para mim, dizia ele que fazia parte da família Belmont e foi perdida há muitos anos com as tentativas de matá-lo.

A adaga ficou preservada e em segurança, sua lâmina já não era tão afiada como antigamente, mas creio que Camila irá saber o que fazer para concerta-la e deixar com que ela fique novinha em folha. Demorei para finalizar pequenos ajustes, a bainha da adaga foi completamente personalizada por mim nas noites em que meus olhos não fechavam para um descanso.

Estava tudo em ordem, pronto para chegar nas mãos da nova dona. Encontrei Ally pelo caminho concentrada, lia um livro da biblioteca que tínhamos neste castelo. Capa escura, livro mágico. Não atrapalhei ela como de costume e ela nem mesmo reparou que eu passava ao seu lado, todas duas em objetivos muito diferentes.

Já na sala principal Adrian estava sentado de frente para o piano, tocava uma melodia calma, porém não era ela. Suspirei alto o suficiente para atrair os olhos dourados do meu irmão para mim. Ele sorriu, as presas salientes.

- Deseja algo? - Apontou para o piano, como se me pedisse para escolher uma música.

- Uma das suas. - Falei. Adrian já compôs muitas músicas, era uma paixão de criança, nossa mãe Clara tentou ensinar para nós dois a arte do piano, mas como sempre, Adrian se interessou bem mais do que eu.

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