Capítulo Dezessete - Castelo do Conselho Vampírico

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Que comece o show! 

Deixem  a música aqui rolar até o final do capítulo, deixem em loop. 

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Lauren Tepes Jauregui's Point of View

[...]

Os dias correram, o baile estava próximo e eu animada o suficiente para mostrar a todos minha bela e adorável mulher. Camila não havia gostado da ideia de ser apresentada como minha noiva, tivemos longas conversas que se tornavam discussões a mesa a cada nova tentativa minha.

Eu tentava entende-la, compreender seus pontos e desejos de não querer ser apresentada como minha noiva, aquela fagulha de incertezas apertava meu peito a cada nova recusa dela. Tinha medo de seus sentimentos ainda não estarem firmes os suficientes em nossa relação para confiar em mim, ou até mesmo os pensamentos que me arrepiavam a espinha todas as vezes que seus olhos ficavam em minhas presas e um suspiro escapava de sua boca.

Antes eu achava que era prazer, ou algo como admiração, mas desde aquela noite a frieza ocupava o lugar ao meu lado. Tentativas de toques ou beijos foram proibidos por suas mãos que me afastavam, até os abraços pareciam mais rígidos. Estava enlouquecendo e ela estava deixando, parecia gostar de minhas angustias, divertia-se com elas.

Tentei conversar com Adrian sobre o ocorrido, mas suas respostas eram: "Deixe-a pensar um pouco, foi um susto para ela.", ou a pior, "Pare de atazana-la Lauren, quando ela for dar-lhe atenção, ela dará.".

Eu não a atormentava, pelo menos é o que eu acho, sou sim um pouco grudenta e ciumenta, mas qual vampiro não seria tendo aquela doce e bela Belmont ao lado? Seria até mesmo loucura não ser um grude naquela mulher.

Bufo chateada e passo as mãos pelos cabelos, minha cabeça dando um nó de como eu poderia resolver aquela terrível situação em que me meti. Um pedido de desculpas não seria o suficiente, nem mesmo culpada eu me sinto por beber dela, ela era minha, não? Eu poderia beber o suficiente e ela ainda assim ficaria bem, viva e não transformada.

[...]

— Ei, podemos conversar? — Perguntei com esperança. Camila estava terminando de colocar a comida do medroso Fúria.

Os olhos marrons pareciam focar em minha alma, sorri envergonhada.

— Diga, o que deseja Lauren? — Ela pegou o balde metálico do chão, seus olhos ainda estavam em mim enquanto andava lentamente até o poço. Suas mãos firmes amarravam o balde na corda para tirar a água daquele buraco e me aproximei, apoiando meu corpo nas pedras para observá-la, a coragem fluía pelos meus poros e sorri tentando amaciar o coração dela.

— Sei que está chateada pelo ocorrido, o sangue e todo o resto, mas não... eu não estou entendendo você Camila. Eu juro que tento entender o que passa na sua cabeça ou até mesmo seu coração, mas você é confusamente uma peça difícil de compreender. — Sou sincera e vejo-a jogar o balde naquela escuridão. Seus lábios se contorcem, parecia chateada.

— O problema não é você Lauren...

— Então me diga qual o problema, andar em uma corda no meio de um precipício o tempo todo enquanto olho, converso ou até mesmo ter meus beijos e carinhos sendo recusados não me torna consciente do que deseja. Se não há dialogo como vamos resolver essa situação? — Não estava acreditando que estávamos entrando naquele jogo de novo. Sentia como se uma corda estivesse amarrada ao meu pescoço e ela apertava cada vez mais...

Castlevania - Entre VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora