𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 2: A chegada na clareira dos sonhos.

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Na nossa jornada pelo mundo encontramos muitas pessoas, boas e ruins, mas quando estávamos passando por uma cidade, avistamos ao longe uma floresta, perguntamos aos moradores da cidade sobre a floresta, mas nenhum deles parecia saber sobre o que havia na floresta ou algo do tipo, nós decidimos investigar por conta própria, quando chegamos até lá, a primeira vista parecia uma floresta normal, mas alguma coisa nos dizia que havia algo mais lá dentro, ao adentrarmos a floresta e explorarmos um pouco, encontramos uma coisa nem um pouco esperada, um vilarejo de humanos dentro da floresta, mas aqueles humanos pareciam diferentes dos que nós já havíamos encontrado, eles perceberam a nossa presença enquanto estavam se divertindo em algum tipo de festa, mas ao invés de nos expulsarem de lá por não sermos humanas, eles nos chamaram para nos divertirmos juntos, não tínhamos sido tratadas tão bem assim muitas vezes durante nossa vida, então aceitamos, as festas duraram dias e noites sem parar, foi uma experiência incrível, eles nos ofereceram até mesmo uma casa para ficarmos juntas deles, como estávamos cansadas da viagem aceitamos a gentileza, passamos alguns dias lá e estranhamente aquele lugar era uma paz sem fim, parecia até mesmo um paraíso, quando questionamos o ancião da vila sobre isso, ele nos disse que era porque aquele lugar era a clareira dos sonhos, uma floresta mágica onde somente as pessoas de coração puro podem adentrar, até que fazia sentido por conta da paz que havia lá, nem mesmo as pessoas brigavam entre si, como elfos são imortais no quesito idade, decidimos passar mais tempo lá, pois não iríamos perder alguma parte das nossas vidas por isso, até que um dia algo estranho chamou nossa atenção, as pedras mágicas em nosso peito brilharam como se quisessem avisar sobre algo, saímos da floresta rapidamente e percebemos que um grupo de caçadores havia descoberto sobre a clareira e eles estavam lá para pegar a magia da clareira para eles.

Nós então fizemos nosso papel de lutadoras e defendemos a floresta com tudo que tínhamos, eles eram apenas caçadores mas havia alguns magos arcanistas junto deles para que eles pudessem absorver a magia da clareira, quando voltamos pra floresta os moradores daquele vilarejo estavam em pé no meio da vila reunidos em um círculo, o ancião estava no meio deste círculo enquanto os habitantes choravam, ele proferia algumas palavras, dizendo que o próximo ancião responsável por cuidar da vila seria seu neto, os habitantes e o neto do ancião choravam desesperados e desolados, e conforme o ancião fechava os olhos prestes a conhecer o gélido abraço da morte, nós também nos sentimos tocadas e profundamente tristes ao ver aquela cena, mesmo que só tivéssemos passado alguns poucos anos lá, sentimos como se fosse alguém da nossa família que houvesse acabado de partir, o neto do ancião andou em nossa direção aos prantos, nos deu um abraço e disse que viu o que fizemos pela vila, os aldeões confusos ficaram se perguntando o que tínhamos feito, ele começou a descrever nossa batalha contra os caçadores e magos para defender a vila, os aldeões entenderam isso e começaram a nos aplaudir como heroínas, achamos tudo aquilo desnecessário mas no fundo ficamos felizes por saber que alguém havia reconhecido nossos esforços para fazer o bem, o novo ancião da vila que era apenas um jovem de vinte e cinco anos, nos disse que estava profundamente agradecido e propôs uma festa para comemorarmos a defesa da clareira, ele disse que as últimas palavras que seu avô havia dito pra ele eram:
— Sorriam, a nossa vida é curta demais para perdermos tempo com a tristeza. — Essas palavras tinham um significado profundo para os habitantes, mas para nós tinha um significado ainda maior, pois essa era a mesma frase que nossa mãe havia dito para nós antes de partir, naquele momento percebemos que devíamos defender aquela vila com todo o nosso esforço, quando a festa começou, de novo, se passaram dias e noites de festa.

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