Eu sabia

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Finalmente tinha acontecido, Momo se perguntava se estava sonhando. Por tanto tempo aquele sentimento tirou o pior de seu comportamento. Ela acabou descontando sua insegurança em Dahyun, sua covardia era a maior culpada, por isso.

Agora parecia surreal que Dahyun correspondia, por que ela havia demorando tanto? Será que se ela tivesse tido coragem antes ela já estariam namorado? Por que ela precisou chegar ao limite para conseguir tentar? Pois foi só quando se tornou insustentável esconder o que sentia e com a ajuda de Sana que ela tentou uma chance.

Dahyun iria a perdoa quando soubesse que foi alvo dela por tanto tempo só porque ela não teve coragem para arriscar uma chance? Que por muitas vezes foi publicamente tratada mal sofrendo uma punição pelo medo dela em ser rejeitada? Momo não fazia ideia de como iria abordar isso.

Ela sabia que era errado deixar Dahyun se apaixonar mais por ela até que quando ela fosse contar estaria em jogo sentimentos tão intensos e profundos. Mas ela não queria arriscar, ela iria esperar.

– Eu não posso ficar mais, Momori. Amanhã temos que levantar bem cedo, a final da competição vai durar a amanhã toda. – Dahyun estava sentada no colo de Momo. As duas andaram pela área do hotel até uma árvore e se sentaram lá.

– Eu sei, é que tá tão perfeito desse jeito. – Momo foi atrevida e deu um beijo no pescoço de Dahyun.

– Não e como se a gente não pudesse repetir. – Dahyun se desesperou para se explicar. – Não estou dizendo nada também, não quero que você pense que estou te prendendo a mim, só se você quiser é claro.

Mas, Momo queria, na cabeça dela as duas já estavam tipo noivas. Era só questão de tempo para isso estar na cabeça de Dahyun também. Ela iria com calma, não assustaria a garota.

– Eu entendi o que você quis dizer. Eu quero muito repetir, eu quero muito mais na verdade. Mas vamos ver como as coisas vão ficar quando voltarmos para nossa cidade. Vamos, eu vou te levar até o quarto, depois eu volto para arrumar tudo.

– Deixa que eu ajudo, vai ser mais rápido se nós duas arrumarmos.

– Não, eu preparei a surpresa, você tem que descansar para ganhar a competição amanhã.

Assim que as duas estavam de pé, Momo puxou Dahyun para mais um beijo, ela simplesmente se viciou na boca da garota, era o paraíso, seu coração acelerava toda vez.

Na porta do quarto elas trocaram mais alguns beijos, foi um pouco difícil se largarem, mas quando finalmente Dahyun entrou, Momo quis pular de felicidade, ela queria que todos soubesse que ela tinha beijado a sua garota. Ela ficou tão empolgada com esse pensamento que acabou ficando vermelha de vergonha.

Depois que arrumou tudo e foi para seu quarto, viu que Sana e Chaeyoung já estavam dormindo. Sana roncando igual ao um caminhão velho e Chaeyoung parecendo uma múmia coberta dos pés a cabeça.

Momo não se importava com nada além do seu primeiro beijo, ela tinha conseguido, seus lábios finalmente tocaram os de Dahyun, como beijar ela era bom, a maciez, o sabor fresco e doce, o formigamento em todo seu corpo. Bom aquilo só podia ser uma coisa; felicidade.

...

No outro dia, bem cedo Momo se levantou, até mesmo antes do despertador tocar, ela não queria arriscar atrasar, ela iria torcer muito para sua garota.

– Bom dia, minhas belas amigas e colegas de quarto, vamos levantar nessa manha gloriosa?! – Momo era a personificação da felicidade.

– Bom dia só se for pra você. Eu mal dormi com você falando e a Sana roncando feito um trator. – Chaeyoung sempre acordava de mau humor.

Os melhores anos de nossas vidas... até agora. - Dahmo - Twice.Onde histórias criam vida. Descubra agora