Comunicação

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Assim que acordou Dahyun sentiu um frio ruim em sua barriga e uma dor em seu peito, se lembrou da noite que teve, parecia uma situação que não tinha o que fazer, mas que precisava que algo fosse feito. Abriu os olhos e viu Momo abraçada a ela dormindo tranquila. Será que sua namorada estava realmente não vendo o quanto ela estava triste ou via, mas ignorava?

Ainda pensando no conselho de Seulgi, decidiu se levantar, ocuparia a mente fazendo o café enquanto analisa os prós e contras sobre abrir seu coração para Momo, não queria abalar seu relacionamento, mas a questão é que ele já estava em um momento complicado.

Quando estava quase terminando de preparar tudo ouviu barulho, provavelmente Momo tinha acordado e estava pela casa procurando por ela. Não tinha como negar que mesmo com aquele momento sua namorada ainda lhe provocava sorrisos só por se aproximar, foi um sorriso melancólico, mas foi um sorriso.

– Eu acordei e você não estava lá. – Momo disse fazendo manha ao abraçar Dahyun por trás.

– Só quis adiantar o café. – Dahyun disse, a verdade é que ela estava tentando controlar suas emoções para não cair no choro.

– Você tá zangada por ontem? – Momo sentiu no jeito de falar que Dahyun estava estranha. – Desculpa ter bebido, eu não faço mais.

Dahyun apenas continuou em silêncio, se sentiu ansiosa, sabia que elas iam ter que ter aquela conversa, esperava não estragar as coisas ou deixar Momo chateada com ela. Não podia evitar o medo de ser a perturbação em seu relacionamento, como se não conseguisse ver que seus sentimentos deviam sim ser levados em consideração.

– Amor, por favor... – Momo insistiu, foi para frente de Dahyun para poder olhar em seus olhos, viu tristeza e sentiu seu coração doer. – Eu juro que nunca mais vou beber.

– Você acha que o nosso problema é você beber? – Dahyun começou a ficar com raiva com o fato de Momo não ver como ela estava se sentindo.

– Nós estamos com algum problema?

– Não é possível isso. Você é tão inteligente e esperta e não consegue olhar para gente... olhar para mim. – Dahyun tentou, ela sabia que tinha que falar o problema, mas também queria que Momo fosse capaz de perceber por si só.

– Eu tô olhando e tô vendo o quanto estar triste, mas olhe pela minha perspectiva, ontem estávamos em uma festa bem e comemorando algo importante para nós duas, não vou negar que eu exagerei, só fraca para bebida, mas quando acordo hoje, você não estar em meus braços e pior, tá na minha frente mas mesmo assim parece distante. – Momo disse não de forma como se estivesse brigando, mas ela começou a se alterar. – Então eu não sei qual é o nosso problema.

– Só isso já é um problema! – Dahyun se alterou.

– Então pontue eles para mim, porque só assim a gente vai poder resolver, enquanto você ficar bancando a enigmática vai ser bem difícil de eu entender pelo o que tenho que me desculpar.

– Você acha que estar cometendo algum erro?

– Meu Deus do céu, Dahyun! Me diz logo com a merda do problema. – Momo perdeu a paciência.

Dahyun se encolheu pelo tom de voz de Momo, mas ela tinha que enfrentar a situação, ela também já estava sem paciência e começando a aumentar sua raiva.

– Ok, deixa eu pegar a sua mãozinha e te ensinar a olhar para seu próprio relacionamento. – Dahyun disse, não no mesmo tom que Momo usou, mas também não com a voz calma de costume. – Na sua perspectiva estávamos em uma festa bem e comemorando, mas talvez você esteja apenas criando memórias falsas, se você não ver o problema ele não existe, não é mesmo? Mas volte na noite anterior, enquanto você bebia e dançavam, onde eu estava?

Os melhores anos de nossas vidas... até agora. - Dahmo - Twice.Onde histórias criam vida. Descubra agora