A gente vai ficar bem?

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Momo ainda estava no chão, a mão direita segurando seu nariz, ela esperou sangue, mas não veio. Sana estava tentando conter Chaeyoung que lutava para se soltar de seu aperto, ela iria chutar Momo todinha assim como havia prometido.

Dahyun ainda estava parada olhando para Momo, não conseguia processar tudo aquilo. Uma dor muito forte na boca de seu estômago como se tivesse levado um soco, o gosto amargo que sentiu na boca era tão forte que de repente tudo que queria era um copo de água.

Por um momento ela quis virar as costas e sair daquela sala, se ela fizesse isso o problema deixaria de existir não é? Ficaria naquela sala e ela voltaria a minutos atrás quando ainda não tinha ouvido a conversa de ninguém.

Momo olhava desesperada para Dahyun, ela ainda não tinha dito nada, o que ela poderia dizer? Ela só torcia para que pudesse se explicar e isso não levasse o fim do seu namoro. A dor era bastante intensa, mas seu coração doía de agonia muito mais.

– Sana, você pode por favor pegar gelo para por no nariz de Momo, sim? – Dahyun pediu ainda olhando para Momo. – Chae, você não vai quebrar a Momo, você seria expulsa, por favor eu agradeço que tente me defender, mas não por violência, você não é assim.

– Mas ela... Dubu! Momo estava te engando, eu sabia. – Chaeyoung bateu o pé no chão e cruzou os braços.

– Não sabia, se soubesse teria me avisado. Quando Sana chegar você vai com ela, ok? Eu preciso ter uma conversa com Momo.

– Eu não vou deixar você sozinha aqui com ela.

– Chae, por favor eu realmente preciso de um momento com a Momo.

Chaeyoung não respondeu, ela sabia que Momo poderia muito facilmente manipular a sua amiga, ela iria se vingar, aquele soco era só o começo. Sana voltou, ela foi correndo para buscar o gelo, como estavam próximas do ginásio, achou melhor ir lá buscar uma pequena compressa que sempre tinha para as atletas.

– Aqui, coloca no nariz, Momo. – Sana entregou a compressa e ajudou Momo a se levantar, pois ainda estava no chão. – Vou pegar uma cadeira.

Depois que acomodou Momo, Sana pegou o braço de Chaeyoung e foi até Dahyun.

– Vocês precisam conversa. Só dê uma chance para ela se explicar, por favor. – Sana disse.

– Se alguém perguntar por nós duas, diga que Momo teve um pequeno acidente e eu fui levar ela na enfermeira, se fizerem mais perguntas inventem algo por favor. – Dahyun estava muito seria.

Assim que as duas garotas saíram da sala, Dahyun puxou uma cadeira e a colocou ao lado de onde Momo estava sentada. Elas ficaram em silêncio por uns instantes.

– Chae tem uma mão muito pesada, por pouco não quebrou meu nariz... eu não vou contar a ninguém, vou dizer que cair de cara no chão, não quero meter ela em encrenca. – Momo não sabia o que devia fazer, ou como começar o assunto.

Dahyun olhou para Momo, profundamente. Aquilo fez Momo se sentir intimidade era como se estivesse sendo radiografada. Momo então voltou seu olhar para frente. Voltaram a ficar em silêncio, mas Dahyun continuou olhando para ela.

– Você vai falar voluntariamente ou eu vou ter que perguntar? – Depois de alguns minutos Dahyun questionou Momo.

– Você vai ter que perguntar... – Momo arregalou os olhos com sua própria burrice. – Eu vou falar.

Só que ao invés de uma explicação Dahyun recebeu mais silêncio. Nada, nenhuma palavra.

– Momo! Se você não vai realmente falar nada, isso aqui é inútil, estou lhe dando o benéfico da duvida.

Os melhores anos de nossas vidas... até agora. - Dahmo - Twice.Onde histórias criam vida. Descubra agora