Vamos?

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Nayeon estava em sua casa conversando com seus pais. Ela decidiu fazer uma reunião pela parte da manhã, pois ela tinha certeza que não teria com Dahyun aparecer lá do nada. Uma assunto sério precisaria ser resolvido.

– Então um curso de apenas seis meses para ela aprender o que já sabe custa tudo isso? – O Sr. Kim disse irritadiço.

– Não pai, ela não vai lá para aprender o que já sabe. Vai para aperfeiçoar seu talento, sem falar que este curso irá contribuir completamente para o ingresso dela na faculdade de piano. – Nayeon tentou não se estressar.

– Que também é caríssima. Isso é fora do nosso orçamento filha. Todo este dinheiro para um hobby?! – Sr. Kim estava tentando não parecer desprendido da ideia, mas obviamente falhou.

– Querido, piano sempre foi o sonho de Dahyun. Não fale assim, nós sabemos o quanto ela é talentosa, se isso pode se tornar uma profissão porque não podemos apoiá-la? – Sra. Kim tentou intervir.

– Não é esta a questão, meu amor. Mas todo este dinheiro para no fim ela acabar dando aula na igreja e tocando lá aos domingos? – O Sr. Kim ainda estar bem irredutível.

– Pai, por favor. Não tem como o senhor prever o futuro. Eu pesquisei sobre a faculdade, nos últimos 5 anos, os pouquíssimos alunos que conseguiram ingressar lá, se formaram com honras e estão todas com excelentes carreiras hoje. Tem um que hoje em dia é considerado o melhor pianista do mundo. – Nayeon falou mais uma vez dando o seu máximo para não perder a paciência com seu pai.

– Mas são 300 mil minha filha. Nós realmente não temos este dinheiro disponível. – Sr. Kim lamentou ter que ser racional.

– Mas temos na empresa, podemos tirar de lá. – Nayeon deu a ideia.

– Não podemos. Quantias assim só estão aplicadas no capital de giro e no capital social, se eu mexer posso ser preso por fraude financeira. Até mesmo os lucros tem que seguir as regras para serem lançados e divididos. Eu estaria arriscado a fábrica se mexesse nesse dinheiro assim do nada. - O Sr. Kim explicou.

– Então eu posso vender uma das pizzaria. Estamos com 4 unidades, alguma deve valer algo próximo disso.

– Dahyun contagiou que você pensaria em fazer algo assim. Ela realmente não aceitaria isso, mamãe, ela me disse. Eu pensei em pegar um empréstimo estudantil.

– Não é uma opção, os juros são altíssimos, a parcela residual hoje em dia iria fazer com que pagássemos 3 cursos desse. Estaríamos endividados para o resto da vida e não teríamos como pagar a faculdade e o curso, não iria adiantar de nada. Talvez eu pudesse vender meus carros... – O Sr. Kim tentou achar uma opção.

– Pai você tem um sedan e um utilitário, não dois conversíveis. Não daria nem metade, se vendessem todos os nossos carros ainda sim ainda faltaria muito, eu já tinha pensando nisso. – Nayeon se sentia exausta vendo que era uma situação quase sem solução.

– Eu posso falar com meu pai. – Sra. Kim disse.

– Meu amor, seu pai expulsou você de casa há 32 anos atrás quando começamos a namorar, porque não aceitava que você estivesse comigo um vidraceiro sem futuro, como ele disse. Você acha que agora depois desse tempo, sendo que nem quis conhecer nossas filhas ele quis, vamos chegar lá e ele vai nos dar 300 mil assim fácil? Sem falar que nossas filhas... – Ele olhou para Nayeon. – Você sabe que isso tá tudo bem para nós, amamos muito vocês, mas seu avô, bom ele é um homem de outro tempo...

– Eu sei papai, ou seja, um homem de outro tempo quer dizer um homofóbico, preconceituoso que odeia pobre. Eu sei bem como ele é, não se preocupe.

Sra. Kim não falou nada, apenas abaixou a cabeça em lamentação, seu marido tinha razão, apesar de seu pai ser um homem rico, era extremamente preconceituoso, não iria dar aquele dinheiro, nem morto, com certeza ela já era cortada do testamento, ainda mais se ele soubesse que a neta estava se relacionando com uma outra garota.

Os melhores anos de nossas vidas... até agora. - Dahmo - Twice.Onde histórias criam vida. Descubra agora