Capítulo 4

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Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus

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Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que exceda todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.

Filipenses 4:6-7


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Já fazem duas semanas que estou evitando Lorenzo. Duas semanas que descobri que ele não passa de um homem arrogante, maldoso e manipulador.

Não que esteja sendo fácil. Ele aparece no corredor como um fantasma e sempre tenta me acompanhar para as salas de aula. Agora não consigo nem almoçar no refeitório, porque ele quer sempre sentar comigo. Ontem me acompanhou até a saída, falando sobre quanto esse lugar precisa de uma administração com um punho mais firme. Também falou que vai abrir mais vagas, para que um número maior de alunos possa participar de concursos e competições. Mas como eu só respondia com resmungos, ele se despediu com um tchau triste, que se eu mesma não tivesse ouvido suas palavras, teria ficado com pena dele.

Achei que minha falta de interação e pelas minhas tentativas de ignorá-lo ele pararia, mas ele não desistiu. Cada dia parece que ele volta com mais entusiasmo. E hoje não está sendo diferente.

— Genevive! – ouço sua voz atrás de mim e tento apressar meus passos.

Escuto ele correndo e parando na minha frente quase nos fazendo cair pela parada brusca.

— Não me ouviu? – se não fosse pela conversa dele com a irmã, eu com certeza ficaria feliz em ficar com ele.

— Estou com um pouco depressa. - tento passar por ele, mas ele segura meu braço, e me esforço ao máximo para não empurrá-lo para longe de mim.

— Preciso falar com você. Podemos conversar? – a voz dele parece estranha.

— Eu disse que estou ocupada! – novamente tento continuar minha caminhada, mas ele não me solta.

— Não! Você disse que está com um pouco depressa. – ele frisa o pouco.

— Isso é por que estou ocupada. Tem como me soltar?

— Eu levo você então.

— Para onde?

— Para o compromisso que você está um pouco atrasada. – solto um suspiro.

O dinheiro que o Senhor Enrico talvez me desse, deve ser realmente muito alto.

— Está bem! – concordando, eu ganho uma carona e me livro dele de uma vez.

— Perfeito! – sua voz transborda de satisfação.

Ele me leva em direção ao estacionamento já abrindo a porta do carro para mim. Entro um pouco nervosa, percebendo que agora vou ter que conversar com ele, sim ou sim.

Onde os olhos não enxergamOnde histórias criam vida. Descubra agora