EUROPEUS - Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, Holanda, etc
Como eu já disse antes, portugueses chegaram ao Japão em 1543, vindos principalmente da colônia portuguesa de Goa, na Índia. O trabalho de catequização começou por volta de 1549, quando chegaram no Japão os primeiros jesuítas -- muitos portugueses, espanhóis e italianos.
Você pode pegar mais informações sobre isso na parte sobre religião do guia. Mas, sim, se você quiser fazer seu protagonista ser um português, você pode. Havia muitas oportunidades de chegar ao Japão, seja por pirataria, diplomacia, catequização, comércio etc. Só se pergunte se você quer o fazer porque tem uma história interessante para contar ou se você quer usar esse personagem como representante de você, ocidental, que chega o Japão e dá de cara com um país estranho, esquisito, tosco, "outro". Isso é orientalismo e é racismo e xenofobia.
Para boas representações de histórias de ocidentais no Japão, escritas por japoneses, recomendo o jogo Nioh:
O protagonista é uma versão fictícia do inglês William Adams (1564–1620). Em Nioh, ele é irlandês -- importante, porque irlandeses foram tremendamente oprimidos por ingleses, e a backstory do William é que ele foi morto na infância em um desses conflitos e revivido magicamente por uma merrow, criatura folclórica irlandesa --, que vai para o Japão em 1600, depois que seu espírito guardião Saoirse é sequestrado por um alquimista inglês (é), que pretende usá-la para interferir e incentivar as guerras no Japão para a produção de amrita, pedras mágicas. O jogo então te leva por vários conflitos até a batalha de Sekigahara (1600), terminando nas DLCs no Cerco de Oosaka (1616).
Em Nioh, o William é importante para a história dos japoneses, mas ele não é o principal ator da história do Japão. Ele tem sua própria história e sua própria busca, seus próprios relacionamentos, e serve mais como um soldado anti-mágico do Ieyasu do que como um jogador principal nas políticas e guerras que se desenvolvem. O Ieyasu é o protagonista do conflito japonês, não o William. O conflito do William é salvar o espírito guardião dele, salvar seu namora- amigo Hattori Hanzo e combater outra imperialista safada ocidental que chega no Japão para criar caos. No fim, William decide ficar no Japão e morar com seu namora- amigo Hattori Hanzo em uma ilha, enquanto serve ao xogunato em assuntos anti-mágicos.
Ele não é uma figura de white savior. Inclusive, os problemas mágicos japoneses acontecem por causa de um branco ocidental safado imperialista (e depois outra).
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Guia do Shiba de Japão Feudal para Escritores
Документальная прозаMediante pedidos, eu, o shiba, decidi fazer um pequeno "apanhadão superficial geral" de informações úteis, diagramas e auxílios para formação de enredo e personagens sobre Japão feudal para escritores. Sou historiador formado na UFF e estudo princip...