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:) Jake on (:

-Alguém tem que levar o Pietro no hospital já. - Digo a Vinnie.- Ele tem sorte de sobreviver, não foi um ferimento muito fundo, mas acho que atingiu algo que não devia.

-Pode levá-lo?

-Tem certeza que não quer ficar com seu irmão?- Pergunto surpreso.

-É claro que eu quero, idiota... mas preciso impedir essas coisas de acontecer e é muito mais fácil eu entrar se for preciso, do que um hacker que querendo ou não já foi alvo.

-Você tem razão.- Digo.

Se Joshua precisar de ajuda, é possível que eu não chegue muito longe. Vinnie também não, por parecer estranho para eles, mas ele vai ter bem mais sorte.

Vinnie joga as chaves pra mim e me viro para ir para seu carro quando o mesmo me chama.

-Temos um problema.. Joshua mudou de lado.

-Traidor... quem ele pensa que é?- Não acredito que uma de nossas duas únicas chances de voltar lá pra dentro se foi.

-Ele parece que viveu um episódio estilo apocalipse antes de se envolver com o FBI e parece que agora decidiu se vingar. O projeto é pra destruir os cabeças do FBI, talvez até do governo.

-Ainda o está escutando ? - Pergunto.

-Sim...- ele diz cauteloso.

-Talvez ele esteja atuando, não faria sentido ele continuar guardo o ponto em segredo.

-Você tem razão, vou ficar de olho. Agora vai logo, por que se meu irmão morrer por sua causa, lembre-se que vou fazer você vê-lo rapidinho que.

Não me despeço e entro no carro. Pietro está dormindo, o braço machucado estirado sobre o chão ao lado do banco. O pano já está úmido do sangue que ainda escorre, fiz o máximo que pude para estancar o sangue, mas nem isso é o suficiente. Piso no acelerador conforme olho para Pietro e para a estrada, não quero acorda-lo. Cerca de 18 minutos, chego em uma cidade, pesco o hospital mais próximo da cidade e em 7 minutos, já estou na frente.

Estaciono o carro e em seguida abro a porta do passageiro e começo a agitar Pietro até que ele acorde, meio desnorteado. Ao se sentar, acaba acidentalmente se apoiando o braço que foi atingido, o que rende uma careta de dor. Ele ainda não está totalmente consciente, passo seu braço por meus ombros e o guio para o hospital.

Vou até a recepção onde tem uma mulher loira e alta.

-Ele precisa de atendimento urgente. Ainda está perdendo sangue e não sei quanto perdeu antes, sei que foi muito.

-O que aconteceu com ele?- Ela pergunta o examinando.

-Ele foi baleado. Estávamos viajando de carro com o vidro aberto quando alguém atirou.- Minto.

-Astrid...- Pietro murmura.- tenho que saber se ela está bem...- ele se separa de mim e começa a dar alguns passos arrastados, quando está prestes a cair, mas consigo impedir que isso aconteça.

-Ela está segura.- asseguro-lhe

-Atenção, temos um baleado na recepção. Ele parece fraco, talvez com delírios, seu acompanhante relata que perdeu muito sangue. Há um curativo compreensivo no local da bala, mas já está bastante manchado. Precisamos de ajuda aqui.

-Entendido Emma, estou livre agora, mande-o ao meu consultório.- Uma voz masculina responde.

- Doutor Jonan está aguardando vocês na sala 36. Sigam este corredor a esquerda, depois o da esquerda novamente e encontrem a sala.

-Obrigada-. Agradeço já indo na direção indicada.

Ao chegar lá, bato na porta e logo ele a abre, me ajudando a posicionar Pietro sentado na maca.

-Você quem fez o curativo?- Ele me pergunta.

Afirmo com um aceno de cabeça. E ele começa a examinar.

-Onde aprendeu a fazer? Você está de parabéns, esse é um dos mais difícieis de fazer e você o fez com maestria.

-Fiz um curso de bombeiro anos atrás...bachava que nem ia conseguir ajudá-lo.

-Interessante.- Agora seu olhar vai para o rosto de Pietro.- Rapaz, qual é o seu nome?

-Pietro- Ele responde com os olhos distantes.

-Certo Pietro, antes de mexermos nessa ferida, vou examina-lo, ok?- Pietro murmura um "ok" e o médico se volta para mim.- O que vocês são?

-Ele é meu amigo.- respondo.

-Se importa de aguardar lá fora? Lhe chamarei qualquer coisa.- Ele pergunta cautelosamente.

-Claro, mas o senhor sabe onde posso encontrar um telefone? Preciso ligar para alguém.

-Pode usar o meu, os daqui não estão funcionando.- Ele responde tirando o telefone do bolso. Ele desbloqueia e coloca no aplicativo do telefone para já discar o número. Antes de me entregar.

-Muito obrigada.- Digo já discando o número de Astrid... preciso ouvir a voz dela... preciso ter certeza de que está segura.

Vou em direção a porta enquanto o celular chama, assim que a encosto, escuto um "Alô".

-Astrid, você está bem?- Pergunto cauteloso.

-Como vou ficar bem com vocês não sei onde Jake? Eu deveria estar aí.- É, ela ainda está chateada.

-Fizemos bem em deixá-la, algumas coisas saíram do controle.- Digo... minha voz um sussurro.

-Como assim saíram do controle?- Preocupação estampa sua voz.

-Nós encontramos seus pais... mas não tínhamos as chaves. Joshua foi pego e parece que mudou de lado. Não é certeza, mas é possível. Antes disso descobrimos um infiltrado que está do nosso lado.

-Onde vocês estão?- sua voz sai estrangulada como se ela estivesse se esforçando para não chorar.

-Astrid...

- Por favor, Jake...- Agora, há alguns soluços.- Preciso ao menos ouvi-los.

Quando penso em negar novamente, escuto a voz de Vinnie no ponto, já havia esquecido dessa porcaria.

"Ela não vai desistir, diga a ela para ficar o Pietro."

- Vinnie vai te mandar uma localização, procure o Pietro- Digo.

"Já mandei. Diga a ela para levar comida"

-Chegou a localização.- ela faz uma pausa, acho que abrindo a localização.- Jake...- sua voz sai em um sussurro doloroso.- porque Pietro estaria em um hospital?

-Ele vai ficar bem... só venha, eu já tenho que voltar.- Desligo, pois não vou aguentar mais. É de partir o coração dar essa notícia a ela, ela que já sofreu tanto e ama tanto seus irmãos... e seus pais. - Sinto muito Asth.- digo mesmo que ela não ouça.

Tomo um pouco de água antes de devolver o celular ao doutor e partir.

The Key - DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora