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★Astrid on ★

Darius guardou a arma e agora está ajudando Jake a arrastar alguns móveis... Acho isso uma ideia estúpida. Estou de pé próximo a porta do Armazém, olhando para Jessy que parece estar com muita tontura e parece enjoada. Mathias entrega um copo de água a Richy que dá a Jessy, pelo menos ainda há um pingo de humanidade nele. Vinnie está do meu lado, segurando minha mão gentilmente e Pietro está em outra ponta da sala atento a Jake e Darius.

Jake e Darius deixaram o meio da sala vazio e então se posicionam um a frente do outro, mas então Jake se vira para mim. Não para mim, percebo, para Vinnie e então assente sutilmente. Escuto um disparo e quando me dou conta, Pietro está com uma arma apontada em direção de Darius, que está com sangue jorrando de sua perna esquerda, logo abaixo do joelho e Jake tira a arma da cintura dele. No armazém, Vinnie está em cima de Mathias o enchendo de socos e a arma dele está longe.

-Vinnie! Pare!- Me ouço falar.

Vinnie demora um tempo, mas logo para levantando Mathias.

-Não ouse mexer conosco, caso contrário vou meter inúmeras balas nesse seu crânio fodido depois de ter cortado a língua de dentro de sua boca.- Vinnie está fora de si, nunca o vi tão alarmado e ameaçador.

Do outro lado, Jake põe Darius no sofá.

-Me desculpe, vou dar um jeito nisso e podemos conversar melhor.- Culpa o invade enquanto escuta seu antigo parceiro gemendo de dor.

Corro para Jessy que parecia estar apavorada.

-Desculpe por isso.- Digo a abraçando.

-O importante é que estamos bem.- Richy responde.- Mas se quiser nos desculpar, nos ajude a arrumar essa bagunça.

-Mesmo depois de coloca-los em perigo?- Pergunto em uma careta.

-Mesmo.- ele diz com um sorriso fraco.

...

Jake levou Darius ao hospital depois de muito tempo, conseguir convence-lo a conversar. Enquanto a Mathias, ele foi preso depois da polícia descobrir drogas ilícitas no quarto do hotel que ele alugara.

Jessy e Richy passaram um susto, tive que explicar pra eles o que houve. Vinnie continua abalado por causa de Chaira, Jake desapareceu e Pietro e Lily estão mais distantes, ela fala que ele esconde muitas coisas dela. O que não é mentira.

Eu queria que Jake desaparecesse da minha vida, mas agora que ele foi embora, não sei como agir. Meu aniversário é amanhã e decidi não fazer nada, não tenho ânimo para festividades, suponho que ninguém esteja.

Vou a um encontro com o Phil, desde que ele soube do desaparecimento de Jake, ele tem tentado me encontrar e depois de tanto o ouvir pedindo, finalmente aceitei o convite.

Estou com uma blusa branca simples e uma calça de shopping jeans escuro, salto alto fechado de veludo, make básica e metade de meu cabelo está trançado como uma tiara.

Pego minha bolsa e desço, encontrando Vinnie e Pietro assistindo a algum filme de terror ruim enquanto mexem em seus notebooks.

-Irei ver o Phil, volto daqui meia-hora.- Anúncio e saio sem dar espaço para falarem.

São 18h, ainda não escureceu completamente. Caminho vendo as árvores ao redor, há muitas pessoas transitando e crianças já começam a sair das escolas.

Marquei de ver Phil as 18:30h, estão decido comprar um sorvete.

O cara da barraca tem a aparência de 27 anos, queixo quadrado, maçãs rosadas, cabelos negros e olhos castanhos. Me aproximo da barraca. Tenho a impressão de já tê-lo visto, mas ignoro.

-Boa noite! Um sorvete de chocomenta com cobertura de limão, por favor!- perço.

-Boa noite, espere um momento.- Ele vira de costas, a camiseta cinza curvando sobre seus músculos, deixando as curvas a mostra. Ele prepara meu sorvete rapidamente e se vira para entregar.- Atente-se para não cair.

Ele  coloca o sorvete em minha mão com um olhar sério pra trás de mim.

Esse homem é estranho, talvez até perturbado, mas pelo menos tenho meu sorvete.

Depois de pagar pelo sorvete, continuo caminhando em meio a multidão, sinto necessidade em olhar para trás, para o sorveteiro, mas outra coisa me chama a atenção. Tem alguém com um capuz no lado oposto, está com as mãos no bolso e de cabeça baixa. O sorveteiro está o olhando enquanto atende a duas crianças acompanhadas pela mãe.

Continuo andando enquanto tomo meu sorvete favorito, deixando para trás o que acabou de acontecer.

...

Não há muita movimentação no bar. Está mais vazio que de costume. Caminho até o balcão e me sento esperando Phil surgir, o que não leva muito tempo.

-Exepcionalmente pontual- Diz com um sorriso exuberante.- Aceita algo para beber ?

Ultimamente estou bem cansada e desanimada, preciso de algo para me fazer esquecer pelo menos por um tempo. Não há muita gente no bar e algo me diz que posso confiar no Phil.

- Um Martini, por favor!

Ele me olha como se não tivesse entendido direito antes de perguntar com uma pitada de preocupação e busca por afirmação em sua voz.

-Tem certeza?

Não tenho certeza, mas assinto levemente.

Ele pega uma taça na parte de baixo do balcão e despeja um pouco da bebida que estava na prateleira, em seguida, alfineta uma azeitona com um palito e coloca dentro da bebida.

- Teve alguma notícia dele?- Pergunta colocando a bebida a minha frente.

-Nenhuma - tomo um gole da bebida me permitindo sentir o gosto adocicado. - Não sei se quero ter.

- Acha que fui má o mandando embora da minha vida?

-Foi a coisa certa a se fazer, Astrid. Agora vamos esquecer esse assunto, ok?

-Ok.

- Qual seu filme favorito?

-Amo Maze Hunner, na verdade, amo triologia inteira e não consigo escolher o favorito.- Digo sorrindo ao lembrar do crush enorme que tenho pelo Dylan.

-É do labirinto?- Ele pergunta com um olhar interessado.

-Ele mesmo, você gosta ?

-É bom, mas nunca terminei de assistir.

-Podemos assistir juntos.- Sugiro o surpreendendo.

- Só dizer o dia, baby.- Diz em um sorriso ousado.

Volto a tomar meu Martini quando vejo Phil parecendo distante.

-No que está pensando?

-Se ele voltasse, você o perdoaria ?

- Não sei, ultimamente não sei mais como me sentir. Ele me colocou em perigo, mas ficou comigo até consertar. E agora...- minha voz falha, como se estivesse prestes a chorar.- Desculpe, era pra ser um encontro, não deveríamos estar falando sobre ele.

Phil me olha com um olhar de compaixão e toca minha maçã rosada. Seu olhar prendendo o meu.

-Não quero me relacionar com você, Astrid. Você nunca vai sentir por ninguém o que sente por aquele hacker babaca. Te chamei aqui hoje, porque precisava saber como você está, precisava saber se está bem, se está firme.- Ele gentilmente tira a mão do meu rosto e vira o seu não me permitindo vê-lo.- Mesmo que não nos conhecemos muito bem, você tem algo de diferente... de especial, Astrid. Eu te amo.

Não sei o que eu faço, quero dizer essas três palavras de volta, mas só estaria mentindo tanto mim tanto quanto para ele.

-Phil... eu...

Seus lábios tocam o os meus repentinamente, um beijo dócil e repleto de luz. Droga Phil, você está me deixando confusa.

The Key - DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora