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:) Jake ok (:

Assim que adentro a garagem, Pietro e Vinnie saem da porta do escritório vindo em minha direção. Não consigo pensar em nada, só nela e como estou a machucando, a situação em que ela está é culpa minha.

-Os dois estão armados, com os três, sob a um.- Vinnie me avisa.- Pietro tem uma arma, mas temos que ser cuidadosos.- A voz dele sai baixa e rouca.

- Tenho uma- Todos os integrantes da Anonymos tinha, mas usamos apenas em situações de emergência... suponho que essa seja uma delas.- Ainda assim, não podemos arriscar, com nossos amigos na mira, é muito perigoso. Teremos que entrar no jogo deles.

Passo por eles entrando na sala, sinto uma fúria avassaladora ao ver esse homem com a arma muito perto da cabeça dela. Tenho que me conter para não pegar a arma em minhas costas no cós de minha calça e explodir seus miolos. Logo atrás, Darius tem uma arma na mão, com o braço pendido ao lado do corpo e no sofá ao lado estão Richy e Jéssica.

- Ora ora ora! Nosso desaparecido apareceu!- Darius diz em desdém.

-Digam logo o que querem, minha paciência está acabando!- Vocifero.

Mathias e Darius trocam sorrisos zombeteiros. Mathias passa as costas da mão que segura a arma sobre o rosto de Asrrid, irritando não só eu, como também os irmãos dela.

-Temos algumas contas a acertar.

O miserável roça os lábios na bochecha dela enquanto leva a arma a têmpora da minha amada. Terror nos olhos dela.

-Vocês estão jogando com pessoas inocentes.- Astrid diz, sua voz oscilante devido a situação.- Leve Jessy e Richy para o armazém, essa porta atrás do balcão.-Ela tenta virar na direção deles, mas Mathias a impede.- Só há uma entrada. Leve-os até acabarmos com isso.  Ou querem que eles saibam seus segredos imundos?

-Ela tem razão.- Darius diz levantando a arma em direção a Jéssica.- Vão.

O casal obedece, Darius indo atrás deles para verificar se realmente só existe uma saída. Vinnie e Pietro se sentam no sofá antes ocupado e eu fico ao lado deles. Asteid e Mathias ficam a nossa frente e quando Darius volta, se posiciona ao lado dele e a minha frente, ele me olha com um sorriso travesso antes de olhar para Astrid.

-Parece que seu namorado realmente mudou.- Ele faz uma careta.

-Ele não é meu namorado!- Astrid nega ainda furiosa pelo que eu causei, suas palavras fazem um sorriso prazeroso brotar no rosto de Mathias enquanto ele pega na sua cintura a deixando desconfortável.

Tenho umas balas que fico com cada vez mais vontade de usar nesse desgraçado.

- O jogo é o seguinte: - Darius começa posicionando uma cadeira ao lado dele e Mathias faz Astrid se sentar.- Faça com ela o que fez comigo, a deixe nas mãos do ex e em troca, nunca mais o incomodo...

-E vocês...- Mathias toma a palavra encarando Pietro e Vinnie.- Que tal sentirem um pouco do que eu senti? Por todo o tempo de prisão que me fizeram passar.

-Não concordaremos com isso.-Pietro fala e eu e Vinnie assentimos.

-O que acontece se discordamos?- Vinnie ousa perguntar.

Mathias aponta a arma novamente a têmpora de Astrid. Uma ameaça silenciosa que me faz estremecer.

-Ele não vai fazer isso, não tem coragem.- Astrid fala tentando se fazer acreditar.

-Eu não te mataria, boneca, mas eu poderia fazer um machucado bem feio, apesar de que cuidaria dele.

-Podemos pensar um pouco?- pergunto. Darius aponta para o armazém

Quando abro a porta, Jéssica e Richy saltam de seus lugares, tensos. O armazém é repleto de peças, tintas e outras coisas para automóveis.

-O que está acontecendo? Quem são eles?- Richy pergunta ainda confuso.

-Darius, inimigo do Jake e Mathias, ex da Astrid!- Pietro responde.- Vocês tem algo que possamos usar contra eles?

Nenhum de nós tem, então pego meu celular e tento ligar para Alan, mas Darius derrubou o sinal.

-Temos duas armas, eles tem duas. Não podemos atirar neles tão próximos de Astrid, temos que fazê-los baixar a guarda. - Tenho que pensar em algo. Jéssica e Richy me olham amedrontados. - Jéssica, pode fingir passar mal? - A garota assente desconfortável. - As probabilidades disso dar errado são enormes, caso tenham outro plano, sugiro que compartilhem.

-Se não funcionar? - Richy pergunta.

-Não podemos pensar por este lado agora, se quisermos que todos saíamos vivos, então é bom estarmos dispostos a se arriscar. - Digo tentando manter o controle de algo que está totalmente fora do controle. Entrego minha arma pro Vinnie. - Também irei distrai-los. Usem a arma ao meu sinal, mas não os matem, Jéssica, tente ser realista, e Richy... faça o papel de namorado preocupado.

Todos assentem com relutância.

-Acho melhor correrem se não quiserem que algo de ruim aconteça com a preciosa de vocês.- Darius grita do outro lado da porta.

-Vai Jessy! Faça o seu melhor!- Richy diz pegando a mão dela e ela assente, já está pálida pelo susto, então não vai ser difícil fazê-los acreditar.

Abro a porta em um baque, com meu melhor semblante preocupado e eles erguem suas armas para mim. Levanto as mãos, os irmãos repetem meu gesto.

-Jessy não se sente bem! Vocês não podem deixá-la assim.- Pietro fala saindo da porta.

Mathias e Darius se entre olham, Astrid tenta ver pela porta. Darius assente para Mathias que  entra no armazém, não fico para ver a atuação, ainda temos que nos livrar de Darius.

-Que tal resolvermos isso como hackers?- pergunto.

-Não irei lhe dar acesso a tecnologia a avançada agora. Abandone-a.

Caminho em direção a Astrid e ouço Darius destravar a arma. Ignoro e me aproximo. É arriscado, mas não vejo outra escolha. Pego as mãos dela, olhando para seus lindos olhos.

-Me perdoe!- Seus olhos vão para mim e logo se desviam.- Vou dar um jeito nisso.- Sussurro contra seu ouvido.- Darius, você não quer fazer isso, o problema que você tem é comigo. Já pedi desculpas milhares de vezes, o que mais você quer? Tem certeza que quer deixar uma garota indefesa nas mãos de alguém como ele?

-Por culpa sua, minha família me ignora, todos os amigos que tinha me rejeitaram e fui obrigado a viver fugindo, não tem volta. Você não sabe o quanto foi difícil conseguir fugir de uma prisão da Cia? Precisei fazer coisas horríveis.

-E mesmo assim, você está prestes a fazer outra coisa horrível.- Respondo-o vendo sua mão mais firme na arma.

-Afaste-se!- Ele diz secamente.

-Que tal uma luta? Não quero lhe machucar, mas se esse for o preço para impedir que faça algo do qual se arrependa, eu topo.- Digo encarando seus olhos castanhos e ele parece sorrir.

-Vai ser bom tirar sangue desse seu rostinho lindo!- seu sorriso está repleto de malícia, mas o que ele não sabe é que andei praticando. Seus punhos se serram até que as pontas dos dedos se embranqueçam.

-Guarde a arma.

-Irei esperar pelo meu parceiro, não dou tão burro assim.

Sigo até a porta que leva a garagem e então a tranco.

-Nenhum de nós irá a lugar algum.

The Key - DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora