34 | Maré de tristezas

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Não tô com ânimo pra fazer absolutamente nada

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Não tô com ânimo pra fazer absolutamente nada. Entrei numa maré de tristezas e preguiça de viver que juro, tem uns dois dias que não saio do meu quarto.

Minha mãe traz a comida, tomo banho aqui e fico o dia inteiro trancada vendo bobeira na Netflix tentando fugir do meu mundo real.

Tem tanta coisa absurda acontecendo ao mesmo tempo por causa da exposição gigante que venho sofrendo. Voltaram a falar de mim no programa de fofoca que nem quero citar o nome. É ruim. É muita história mentirosa. São inúmeros comentários maldosos e dois homens envolvidos nessa palhaçada que criaram.

O Lennon me ligou mais de vinte vezes, me mandou mensagens e como eu lia e fingia que não estava vendo, ele cansou e olha que legal, veio me fazer uma visita!

No momento estamos em silêncio olhando um pra cara do outro, eu não sei o que falar mas quero ir direito ao ponto e aparentemente ele também, só não sabemos por onde começar.

Que situação péssima.

— Que loucura — Mostrou meio sorriso passando as mãos no rosto — Eu lembro de tudo que fizemos naquele dia.

— Sempre lembra de tudo porque tá sempre sóbrio.

— Pois é. E eu lembro de ter usado camisinha.

— Relaxa, tá? Naquele dia eu já estava super grávida, só não sabia ainda. Pode levantar as mãos pro alto e agradecer a Deus. Não é teu.

— Ainda — Soltou o ar abrindo um sorrisão — Eu já sentia isso, só quis confirmar. Mas e aí, é um baby gol mesmo?

— É — Franzi os lábios querendo enfiar o rosto num buraco.

Tirando a Bella que é da minha família, esse é o primeiro amigo que assumo que realmente estou grávida do Gabigol.

— Ah coé, 30tinha — Levantou da poltrona vindo em passos rápidos até onde estou sentada. Ele me deu um abraço ao me ver chorar e nossa, depois disso chorei ainda mais — Parabéns pra vocês!

— Tô fudida e você me parabeniza — Dei uma risadinha abafada confortando a cabeça em seu ombro.

— Tá nada, cê tem tudo pra criar essa cria da melhor forma — Enfiou a mão na minha nuca começando a fazer carinho na região — O pai vai assumir? Tá te ajudando no que precisa?

— Diz ele que vai e não precisa se preocupar, como você disse, tenho tudo pra criar o bebê da melhor forma, com Gabigol ou sem Gabigol.

— Esse cara vai tomar um apavoro se não ser presente na vida de vocês.

— Acho que querer ser presente ele quer, mas eu não sou muito fácil de lidar, você sabe — Me coloquei de pé com um sorriso falso no rosto.

— O que foi que você fez?

Último Romance • GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora