38 | Inspirar e expirar

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Tirei todas as sacolas de dentro da mala do carro depressa, coloquei tudo na mesa da cozinha e subi correndo atrás da Sofie

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Tirei todas as sacolas de dentro da mala do carro depressa, coloquei tudo na mesa da cozinha e subi correndo atrás da Sofie. Acho que nunca tinha sido tão ágil dessa forma, nem pra fazer os gols da Libertadores de 2019.

— Voltei — Avisei, entrando no meu quarto e querendo terminar o que comecei no sofá da sala. Mas me assustei quando avistei ela sentada no chão com a cabeça baixa, e dava pra escutar claramente ela chorar baixinho — Ei, que foi? — Agachei em sua frente.

Ela está pálida e não tem uma expressão no rosto enquanto as lágrimas vão caindo. Que porra tá acontecendo?

— Ei, tá sentindo alguma coisa? — Tentei mais uma vez, sem ter respostas.

Ela levantou ainda mais o rosto passando a olhar diretamente pro teto, e respirou fundo até falar algo.

— Eu não sei, Gabriel — Puxou o ar — Minhas pernas enfraqueceram, não consegui ficar mais em pé.

— Vou chamar a minha mãe — Me levanto, mas sinto ela tocar as minhas pernas.

— Não, não precisa preocupar ninguém. Tá tudo bem, eu só preciso me acalmar — Puxou o ar, segurou por poucos segundos e soltou.

Ela nunca quer ajuda de ninguém, né? Tá sempre nessa de não deixar ninguém preocupado e os caralho.

Sentei bem do ladinho dela no chão, colocando sua cabeça deitada em meu ombro e fiquei esperando-a nesse processo de inspirar e expirar o ar.

Não sei o que porra tá acontecendo, mas me preocupo com isso e ainda mais com a forma que ela está tremendo da cabeça aos pés. Essa parada de enfraquecer do nada e cair no chão é perigoso pra caralho, ainda mais estando grávida.

— E você tá chorando por quê? Tem certeza que não tá sentindo nada? — Perguntei.

— Eu só preciso respirar — Continuou no processo.

Porra, foda. Tenho que ficar aqui só esperando ela acalmar? Será que ela está sentindo algo e não quer me falar?

Pelo amor de Deus, cadê que a minha mãe aparece nessas horas que precisamos dela? Talvez alguém saiba o que realmente tem que fazer além de respirar. Ela caiu no chão, não me responde se tá sentindo algo, mas quer ficar aqui respirando fundo? A minha cabeça vai explodir.

Percebi que o choro estava dando trégua, a tremedeira foi embora e agora ela respirava de uma forma mais calma que antes.

Ufa caralho. Posso me acalmar também.

— Quer tentar deitar? Talvez seja melhor do que continuar no chão.

Ela me respondeu que sim, mas continuou sem mover uma parte sequer do corpo. Levantei, e sem pedir mas com muito muito cuidado estirei seu corpo e a segurei no colo como se fosse um bebê.

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