07 | Me deixa sozinha

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— Finalmente me atendeu, Sofie Schaffer — Minha mãe disse do outro lado da linha

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— Finalmente me atendeu, Sofie Schaffer — Minha mãe disse do outro lado da linha.

— Oi dona Laura, como está você?

— Eu tô ótima! Te liguei porque se eu não fizer isso não tenho mais notícias da minha filha.

— Quanto drama.

— Você tá bem Sofie?

— Tô sim.

— E por onde você anda?

— Tô em Fortaleza.

— Ainda? — Ouvi o tom de surpresa em sua voz — Desistiu do Rio?

— Não, jamais.

— E o que você tá fazendo aí ainda? Vai acabar reatando com o Matheus.

— Jamais, mãe. Poxa, eu vim ajudar a mãe dele com isso que ele tá. Imagina Deus o livre o papai fica doente e vocês estão separados, como já aconteceu de vocês ficarem separados por um tempo. Você não iria mover um dedinho sequer pra ajudar ele de alguma forma?

— Você é boazinha demais por causa de mim, eu que te criei garota!

— Justamente.

— Vou te perguntar de novo, Sofie. Você tem certeza de todas as decisões que está tomando?

— Toda certeza do mundo, mama. Como está o papai?

— Foi pescar com os amigos.

Fiquei meia hora em ligação conversando com a minha mãe e como a principal pauta de quase sempre é a minha vida, dessa vez não foi diferente, mas até que eu gosto de ter a dona Laura pra me orientar quando eu mais preciso. Mesmo que longe uma da outra nós somos melhores amigas.

Hoje faz exatamente 2 semanas que cheguei em Fortaleza e nada do diagnóstico do Matheus sair. Ninguém sabe de nada, ninguém descobre o que é isso, ninguém diz nada. Ele tá literalmente só sobrevivendo aqui.

Nós estamos dormindo na mesma cama desde que ele voltou do hospital, tô evitando tocar nos assuntos que me tocam, mas todos os dias ele insiste pra eu voltar pra casa e segue me chamando pelos apelidos carinhosos que sempre me chamou.

Conheço esse indivíduo a ponto de saber que ele não vai desistir até que a gente reate o que tínhamos, mas eu estou convicta do que vim fazer aqui, apenas ajudar no que ele precisar e no que a 30PRAUM precisar de mim aqui.

— Tudo pronto?

— Totalmente pronto para mais uma sessão de tortura naquela porra de hospital.

Me posicionei na beirada da cama como uma proteção, caso ele não tenha forças o suficiente e acabe caindo eu estou aqui pra segurar.

Só de movimentar o tronco ele soltou um gemido alto de dor e automaticamente os olhos encheram d'água, ele começou a chorar sem parar. Foi desse jeito até chegarmos no hospital e ele se deitar na maca.

Último Romance • GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora