UMA ESCOLHA EXPLOSIVA

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POV LIZZIE

Acho que foi a primeira vez em que a Hope assumiu as rédeas de uma situação complicada de vida ou morte na qual eu não confiei cegamente nela para resolver o problema. O modo como ela ficou durante todo o contato do Dr. Frankenstein, nunca a tinha visto com tanto medo. Definitivamente não era a mesma Hope Mikaelson que conheci.

LI – Vamos ficar mesmo parados aqui enquanto ela vai lá sozinha ?

E – Ela queimou o endereço, Lizzie.

LI – A gente rastreia!

A – É a Hope! Acha mesmo que ela não vai se prevenir contra isso ?

F – Então a gente procura o meu filho.

LI – Já falei, eles estão todos ocultos.

F – Podem estar escondidos no inferno, eu preciso achar o Nick!

Freya estava muito nervosa, todos estávamos, mas não era inteligente ou sensível contrariá-la. Trabalhamos com feitiços e telefonemas a noite toda, sem descanso. Minha mãe ficou louca quando soube, mas não conseguiria chegar a tempo de ajudar estando no Canadá. Não sabíamos quanto tempo tínhamos até algo ruim acontecer, mas, quando amanheceu, tivemos uma noção. Ao pé da porta de entrada foi deixado um envelope com um pendrive dentro. Levei direto para a sala do meu pai e fui buscar meu computador. Quando conectamos, uma mensagem em vídeo automática começou a ser reproduzida na tela com a desagradável presença do Dr. Daniel Shawn.

"Se estão assistindo isso, significa que 21012 chegou ao destino que lhe enviei, foi sozinha como eu ordenei e está assistindo um vídeo igual a esse feito especialmente para ela. Por mais de um ano, meu grande medo foi que a encontrassem e a tirassem de mim, como fizeram. Então, para garantir que não terão motivos para pegá-la de volta, vou atualizá-los de sua missão. Onde ela está agora, vai encontrar apenas dois pedaços de papel contendo um endereço em cada um. Na opção A ela vem de encontro ao seu amado primo e a mim, na opção B ela encontra as outras doze crianças. Cada um dos endereços fica à mesma distância de tempo de onde ela está, mas ela só vai ter tempo de chegar a um deles antes que o outro vá pelos ares. Não fiquem tão surpresos, é claro que não seria tão fácil. Acompanhem o timing comigo, tic tac, quem será que Hope Mikaelson vai salvar ?"

Ao fim da mensagem, a imagem dele sumiu e duas telas se abriram no visor, dois galpões antigos e um relógio marcando uma hora em contagem regressiva. Aquele maluco faria a Hope escolher entre matar um ou matar doze, e claramente não tinha o menor remorso disso. Doeu pensar que ele estava certo no seu plano, seja lá quem ela deixasse morrer, o número de pessoas que lutariam para tê-la de volta seria bem menor do que da primeira vez.

LI – Ela vai conseguir, não vai ? Ela vai salvar a todos. – Perguntei como se tentasse me convencer de que ela iria.

A – A Hope que conheci jamais deixaria que as crianças se machucassem.

F – E deixaria que meu filho, sangue do sangue dela, morresse ? – Ela questionou ainda em choque.

E – A Hope que conhecíamos não existe mais. – Ela disse solene.

LI – O que quer dizer ?

E – Ela passou mais de um ano sendo torturada das piores maneiras possíveis e sua alucinação mais frequente era ser resgatada por aqueles que amava. Acha que ela vai deixar o primo sob a custódia do monstro que a quebrou correndo o risco de morrer com uma bomba presa ao corpo esperando pelo resgate dela ?

A – Emma, são doze vidas de crianças inocentes!

F – A vida do Nick vale menos, Alaric ?

A – Eu não disse isso, Freya. É só que... é o dilema do dos trilhos do trem. Nos velhos tempos, a Hope pararia o trem, mas agora ela não pode, vai ter que fazer uma escolha. Se eu tivesse que arriscar, diria que a Hope não desligou durante esse último ano para conseguir proteger seu companheiro de cela, acha que ela vai deixar que tantas crianças morram e aguentar preservar sua humanidade ?

O Que Restou de Mim Onde histórias criam vida. Descubra agora