POV HOPE
Desde que me formei na escola, não imaginei que precisasse tanto percorrer os mais incríveis lugares do mundo carimbando passaportes. Tio Kol estava certo, todo vampiro que se preze deveria usar um pouco da eternidade ampliando os horizontes. Confesso que passar o ano novo chinês na cidade de Xangai superou e muito as minhas expectativas, mesmo eu não tendo entrado em contato com a Emma, que vive aqui há alguns anos, não posso dizer que me arrependia do tempo gasto apreciando toda aquela cultura, comida - as vezes estranha - e arte sozinha. Antes de combinar que eu só voltaria para casa quando tivesse visto o bastante do mundo, sem toda superproteção da família, tia Rebekah me fez uma lista de todos os museus que tinham quadros do meu pai em exposição, o último da lista devia estar em Tóquio, mas foi muito bem vendido a um milionário chinês que acabaria ficando sem a peça essa noite. Sei que ele pagou caro, mas sei também que meu pai não gostaria de ver uma de suas telas guardadas em algum apartamento ou mansão chique ao invés de alcançando milhares de pessoas em algum centro cultural do mundo. Foi então que me ocorreu convidar um parceiro de crime que conhecia muito melhor a cidade do que eu: Roman.
Nos encontramos no edifício do roubo, ele estava ótimo, com um mandarim bem mais útil que o meu na hora de compelir a recepcionista.
RO - Cobertura.
H - Claro.
RO - Tem certeza disso ?
H - Absoluta. - Disse me dirigindo ao elevador. - Só estou pegando de volta minha herança.
RO - Tudo bem, acho que vamos ter que lidar com alguns guardas, mas nada que nos impeça.
H - Ótimo.
O edifício era lindo, elevador dando vista para toda Xangai, quase não reparei quando chegamos ao nosso andar de destino. Nos deixei invisíveis com um feitiço, realmente encontraríamos distração e resistência ali. Não havia menos que 10 guardas no corredor, mas não foram impedimento, nada que um feitiço do sono não resolvesse rápido. Nos aproximamos da porta e pude ouvir alguém muito estressado, fiquei curiosa.
H - O que está dizendo ?
RO - Reclamando com alguém.
H - Isso eu reparei, quero saber o quê.
RO - Por que se importa ?
H - Isso está muito fácil, quero me distrair.
RO - Algum subordinado dele, está demorando para entregar algo. Resumindo, essa pessoa falhou e ele vai parar de financiar o projeto.
H - Ótimo, um filantropo fajuto, esse roubo acabou de ficar mais interessante. - Falei arrombando a porta e me desfazendo do feitiço de invisibilidade.
A rajada de balas disparadas foi quase tão rápida quanto meu feitiço para imobilizá-las no ar. Apaguei todos os outros 20 guardas deixando apenas o dono da casa e o senhor de idade com quem ele estava gritando.
X - Nǐ shì shéi ? (Quem é você ?)
H - Essa eu conheço, não precisa traduzir. - Disse levantando a mão para o Roman - Sou Hope Mikaelson, e acho que você tem uma coisa que me pertence.
Pedi ao Roman que explicasse o que havíamos ido buscar, ele logo identificou a peça e nos levou até ela. Era um quadro lindo, definitivamente não merecia ficar escondido ali, então pegamos a peça e nos dirigimos à saída. Antes de irmos, tratei de corrigir uma injustiça:
H - Você conhece meu idioma, vai facilitar para mim. - Disse me aproximando dele com um olhar híbrido sério. - Você vai leiloar todas essas peças de arte e, generosamente, doar o dinheiro arrecadado para instituições de caridade pelo mundo, além de continuar financiando generosamente o projeto desse senhor, talvez isso faça de você um filantropo de verdade. - Falei usando a hipnose.
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O Que Restou de Mim
FanficDepois de ceder ao orgulho e respeito pela decisão de Landon, Hope se vê em um novo momento da vida no qual se permite explorar possibilidades. Enquanto vive o fim de uma aventura tentando preencher os espaços vazios, a tríbrida vai acabar encurrala...