Refúgio, a cidade perdida.

Capítulo 37 - Rumos diferentes

Nicolas e Lúcius não sabiam o que fazer e Joel veio na direção deles. Nicolas empurrou a Lúcius do cavalo e fugiu.

Joel se aproximou de Lúcius e gritou.

— Levante-se e morra como um homem!

— Eu não tenho culpa, foi Nicolas, ele me obrigou a trazer aqueles anjos, eu não queria.

— Milhares de mortos, crianças sem os pais, famílias inteiras mortas porque vocês queriam poder!

Lúcius se levantou e Joel enfiou sua espada nele com tanta força que o ergueu do chão. O sacerdote caiu sem vida e Joel tentou ir atrás de Nicolas, mas desistiu por não saber se o vilão tinha se escondido nas cavernas ou ido embora para outro lugar.

Nicolas correu para se proteger com Hernandes e contou o que havia ocorrido. Seu filho George não aguentou ouvir que quase toda a cidade tinha sido dizimada e matou a seu pai na frente de todos.

George mandou todos saírem dali e sua mãe perguntou.

— Não vai enterrá-lo filho?

— Não, que os animais o devorem, ele não merece essa honra.

O grupo agora chefiado por George voltou para Quedhes e viu o cenário de total destruição. George pediu uma trégua para Joel que aceitou. Os valentes tinham morrido, mas alguns dos aliados de Hoff estavam vivos e continuaram leais a ele.

Os dois enterraram todos os mortos e fizeram uma cerimônia especial para enterrar os valentes e o pastor André Lopes, mais conhecido como pastor Peniel. Foram dias muitos tristes e Joel decidiu que iria embora com a população que restou de Quedhes.

George também não queria ficar ali e convidou a Hernandes para ir com ele fundar uma nova cidade onde não haveria nenhum tipo de fé. O capitão concordou e eles foram na direção oposta de onde Joel foi.

Bryan estava muito doente e disse que ficaria na cidade para contar o que aconteceu e avisar as pessoas que Joel estava fundando uma cidade onde os cristãos poderiam adorar a Deus livremente.

Joel não queria deixá-lo ali, mas concordou. Bryan ficou morando na igreja com o livro que registrava toda a história de Quedhes.

Ele escreveu os últimos acontecimentos e deixou o livro na casa onde morava com sua família. Joel vinha constantemente visitá-lo e o levou embora quando viu que ele fatalmente morreria.

Meses após a morte de Peniel, Joel foi batizado e casou-se com Maya, com quem teve vários filhos, mas sempre considerou o filho de Jonathan como sendo o seu filho mais velho.

Ageu Hoff na verdade era filho de Jonathan, mas Joel o criou e o deixou como o seu principal herdeiro.

George fundou a cidade de Lester e fez o possível para evitar que qualquer igreja se fixasse naquele lugar. A cidade ficou próspera e George morreu sem proclamar nenhum tipo de fé.

A nova cidade fundada por Joel recebeu o nome de Peniel em homenagem ao velho e saudoso pastor que salvou a muitas almas.

Lucas Lopes foi o primeiro pastor de Peniel e ergueu a igreja junto com Joel Hoff e Bryan, que nos seus últimos dias de vida ajudou Lucas a cuidar da igreja, da forma com Peniel havia profetizado para ele.

Lucas guardou na igreja a bíblia usada por Peniel e construiu uma sala de armas onde Joel guardaria as espadas douradas. Lucas perguntou se Joel pretendia montar um novo grupo de valentes e a resposta foi sim.

— Um ser que eu não vi, mas que falou com Peniel me deu muito poder. Eu vou montar um grupo e vou até a dimensão de onde aqueles anjos vieram. Eu vou matar o líder deles e os proibir de vir para cá.

Tempos depois Joel cumpriu sua promessa, ele foi até a dimensão das trevas e prendeu a Tamuz, rainha daquela dimensão. Joel não conseguiu se vingar de Abismo, mas prometeu que o destruiria se o visse outra vez.

A cidade de Peniel cresceu e Joel viveu mais de noventa anos. Ele enriqueceu muito e a cidade fundada por ele, no mesmo local que ele tinha visto em seu sonho, cresceu e ficou famosa por ser uma cidade fiel a Deus.