Todos sabiam que Rolf era cruel e que não gostava de fazer prisioneiros. Joel, apesar de ser muito violento, sempre trazia seus prisioneiros com vida.
Os Messina se dividiram em vários grupos e Rolf, que estava junto com Júlio Hoff, alcançou o grupo que tinha várias crianças.
Os mercenários acuaram os Messina e Júlio os mandou se renderem. Os homens disseram que não e começaram a disparar contra Júlio e seu grupo.
Uma criança ficou com medo e saiu correndo da proteção de seus familiares. Rolf a pegou e apontou uma arma para a sua cabeça.
Ele mandou os Messina se renderem e os homens o mandavam libertar a criança. Perez, Vargas e Weber mandaram Rolf soltar a criança, mas Júlio o mandou ficar com a criança e insistiu para que os Messina se rendessem.
Os Messina ficaram com medo de atirar e atingir a criança e um grande impasse tomou conta dos dois grupos. A criança chorava e mordeu a mão de Rolf tentando se livrar.
O mercenário se irritou e instintivamente atirou na cabeça da criança a matando na hora. Os Messina se revoltaram e saíram para atacar os mercenários.
Júlio gritou de raiva com Rolf e foi obrigado a matar todos os homens e mulheres que faziam parte do grupo de fugitivos.
As crianças restantes ficaram em estado de choque e Júlio mandou que seus amigos, junto com os homens de Hernandes, as levassem de volta para a cidade.
Perez, Vargas e Weber não gostaram da atitude de Rolf e falaram para Júlio que não trabalhariam mais com ele. Júlio pediu calma e Rolf parecia estranhamente calmo.
Perez não se conformava com a atitude e a calma de Rolf e Júlio disse que não era a primeira vez em que ele matava uma criança. Que o coração dele era dura como pedra e que ele não se importava com nada e com ninguém.
Weber, emocionado, disse que ficaria tomando conta das crianças caso ninguém as quisesse, mas Júlio falou que ele não deveria fazer aquilo.
O quinteto voltou para Quedhes e encontrou-se com Joel que soube da chacina provocada por Rolf.
O outro grupo liderado Jackson travou um grande combate com outro grupo dos Messina e conseguiu trazer os fugitivos, mas tiveram que matar alguns deles também.
Joel liderou mais duas buscas atrás dos Messina e conseguiu trazer a todos para Quedhes. Nicolas estava cada vez mais insano e mandou queimar a todos os Messina, menos as cinco crianças que Weber pediu para ficar responsável.
Os habitantes choraram muito aquelas mortes e Joel reuniu o seu grupo para conversar. Houve uma grande discussão e os três que estavam com Rolf decidiram que não participariam mais do grupo de mercenários.
Jonathan argumentou que ele não precisava mais ficar em Quedhes e disse a Joel que eles deveriam ir embora. Joel disse que provavelmente aquela seria a última revolta na cidade.
Ninguém mais dos moradores tinha condições de enfrentar Nicolas e a guarda montada por Hernandes estava com muitos homens.
Joel disse que conversaria com Nicolas para que eles continuassem a morar em Quedhes, mas que não caçariam mais ninguém, mesmo porque achava que ninguém mais ousaria fugir.
Alguns dos homens queriam ir embora, principalmente a Jonathan, mas Joel disse que eles não seriam bem recebidos em lugar nenhum.
Nicolas concordou em deixá-los morando em Quedhes e Lúcius não gostou.
— Acha bom deixar esses homens por aqui?
— Não vejo problemas Lúcius.
— Mas eles podem se revoltar. Eles não respeitam a Deus e a ninguém.
— E ninguém gosta deles, fique tranquilo Lúcius, eles não causarão problemas, tudo está sob controle.
Lucius foi embora e sussurrou.
— Acho que você está cometendo um erro terrível.
Passados alguns dias, o pastor Peniel finalmente teve a oportunidade de falar com um dos mercenários e algo maravilhoso aconteceu.
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Refúgio, a cidade perdida.
SpiritüelNossa história conta a origem da cidade de Quedhes, mais conhecida como Refúgio. Fundada por cristãos que fugiam de perseguição, ela será palco de várias histórias. Em mais de um século veremos milagres, traições, mortes e destruição. Neste livro v...