- Plataforma 9¾ -

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 Dazai se sentia frustado. Se Hagrid fosse um integrante de máfia de posição baixa, Osamu mataria ele por esquecer de dar uma informação tão importante.

Como ele pôde esquecer de falar onde ficava a maldita plataforma?

Osamu sentia suas bandagens coçarem com a atenção atraída quando se andava com livros, bagagens estranhas e uma coruja.

Isso tudo e o adeus ainda fresco de Mori em suas bandagens, fazendo sua pele arrepiar de modo desconfortável.

Seu relacionamento com o doutor era... Complicado. Nessa realidade.

Quando ele ia para outra realidade, seu modo de pensar e muitas vezes seus sentimentos mudavam conforme sua idade, ou seja, ele está com a mentalidade que tinha aos 11 anos.

Dazai só tinha conhecido Ougai aos 13 anos, então seu modo de ver o doutor era novo até para ele.

Mas não achava o homem menos esquisito.

Mori era o único além de Oda que sabia o que Dazai realmente era.. Bem, talvez Chuuya também estivesse na lista. E Mori não tinha nojo de toca-lo, mesmo sabendo que Osamu não poderia ser mais chamado de humano.

E Dazai não sabia se isso era algo bom ou ruim.

Osamu voltou à realidade ao ouvir brevemente um grupo de pessoas falarem:

—... Cheio de trouxas, é claro...

Dazai deu meia-volta. Era uma mulher que falava com quatro meninos, todos de cabelos cor de fogo. Cada um deles empurrando à frente uma mala como a de Osamu. Mas de tudo isso, o que mais chamou sua atenção foi a silhueta ruiva que ele poderia reconhecer em qualquer lugar. Tentando acalmar o coração vazio que saltava fortemente no peito, Dazai os seguiu empurrando o carrinho. Eles pararam e ele também, bem próximo para ouvir o que diziam.

— Agora, qual é o número da plataforma? — Perguntou a, aparentemente, mãe dos meninos.

— 9¾ — Ouviu-se a voz fina de uma menininha, também de cabelos ruivos que estava segurando a mão da mãe — Mamãe, não posso ir...

— Você ainda não tem idade Ginny, agora fique quieta. Está bem, Percy, você vai primeiro.

O que parecia ser o filho mais velho marchou em direção às plataformas nove e dez. Para o descontentamento de Dazai, uma onda de turistas tampou sua visão.

— Fred, você agora. — Mandou a mulher ruiva.

— Eu não sou o Fred, sou o George. — Retrucou o menino — Francamente mulher, você diz que é nossa mãe? Não consegue ver que sou o Jorge?

— Desculpe, George, querido.

— É brincadeira, eu sou o Fred! — disse o menino, e foi. O irmão gêmeo gritou para ele se apressar, e ele deve ter entendido, porque em um segundo depois, sumiu, mas como fizera aquilo?

O gêmeo logo seguiu, mas Osamu não conseguiu ver nada. Bem, então ele teria que perguntar.

— Com licença senhorita! Sabe como posso chegar à plataforma 9¾?— dirigiu-se à mulher ruiva.

— Olá querido. É a primeira vez que vai a Hogwarts? O Rony é novo também.

Ela apontou para Chuuya. O ruivo estava com o mesmo estilo de cabelo de quando se conheceram pela primeira vez, só parecia mais novo. A única mudança eram as sardas que salpicavam o rosto. Chuuya olhou para Dazai surpreso e perguntando silenciosamente o que ele estava fazendo ali. Osamu sorriu para ele e logo voltou sua atenção para a mulher.

—Yep —respondeu — A coisa é... Não faço ideia de como chegar à plataforma.

—Não se preocupe. Basta caminhar diretamente para a barreira nove e dez. Não pare e não tenha medo de bater nela, isso é muito importante. Melhor fazer isso correndo se estiver nervoso. Vá, vá antes de Rony.

No Longer Muggle  (Harry Potter × BSD Crossover)Onde histórias criam vida. Descubra agora