Capítulo 23 - Apresentações, perguntas e vídeos

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OI GENTE.

PUBLIQUEI, DEU BUG. TODOS CHORARAM. INCLUSIVE EU. APAGUEI. PUBLIQUEI DE NOVO. DEDOS CRUZADOS PARA FUNCIONAR.

DESCULPA, TÁ? :(


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Cogitei virar as costas e ir embora, mas Eduardo me viu. Ele acenou, meio sem graça, mas eu não fui até eles. Então ele disse algo para meus pais e começou a caminhar na minha direção. A porta do salão abriu e todo mundo se direcionou para a entrada. Apenas ele estava caminhando na direção oposta. Quando finalmente chegou até mim, puxou-me pelo braço para outra direção.

Tudo estava tão cheio que eu só reconheci onde estávamos quando ele soltou meu braço e mexeu nos meus cabelos. Estávamos de novo na nossa janela, aquela do jogo de mímica as três horas da manhã. Ele enrolou o dedo na pontinha do meu cabelo, que tinha pequenos cachos por conta da trança desfeita.

― Prefiro eles assim – comentou.

― Eu sei – respondi, me permitindo um sorriso. Logo em seguida retornei ao foco. – O que você estava falando com meus pais, hein?

― Sabe como é, é tão difícil conquistar a filha que eu resolvi tentar conquistar os sogros para ter um apoio – ele respondeu, fazendo essa suposta piada, mas eu não ri, apavorada só de pensar que eu provavelmente fui o único tópido da conversa dos três. – Brincadeira, Amanda, nossa... Que cara.

― O que, então? – perguntei de novo, desviando o olhar para meus pais.

Bem a tempo de ver meu pai se inclinando e depositando um beijo na testa da minha mãe.

― O quê? O que eles estão fazendo? O que eles estão fazendo?  - comecei a dizer, não necessariamente nessa ordem e certamente sem fazer muito sentido.

― Amanda – Eduardo puxou meu rosto de volta para sua direção. – Para de se preocupar. Podemos conversar sobre seus pais depois, mas não é sobre isso que eu preciso falar agora.

― Sobre o que você quer falar agora? – perguntei, sem entender.

Preciso. – ele corrigiu.

― Ah. Sobre o que você precisa falar agora? – perguntei de novo.

― Sobre nós – ele respondeu e eu senti aquele nervosismo característico que vinha sempre que ele falava algo do gênero. – Eu não sei se você ouviu, mas eu perguntei no placo se você quer...

― Sim.

― Você ouviu, então...

― Sim.

― E o que você pensa sobre o assunto?

― Sim.

― Sim o que, Amanda?

― Sim, Eduardo. Sim, eu quero namorar com você.

Eduardo sorriu. Ele tinha um sorriso especial, que eu gostava de pensar que ele dava só para mim. Ele sempre sorria, mas tinha esse sorriso específico, diferente de todos os outros, que era só meu. E era esse que ele estava dando agora.

Só percebi que também estava sorrindo quando Eduardo tocou o cantinho da minha boca ternamente. Seus dedos deram lugar aos seus lábios rapidamente e todas as minhas dúvidas quanto aquela decisão de dissiparam em um beijo.


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Quando nos separávamos, meu monte de dúvidas voltava. Era normal ficar insegura, sem saber o que aconteceria do lado de fora daqueles muros, eu acho. Onde nos encontraríamos? Será que seus outros amigos gostariam de mim? Eu me encaixaria na sua rotina? Eu teria que me preocupar com uma legião de fãs desolada? Ou pior, com uma ex namorada possessiva e que não sabia perder? Será que teríamos tempo um para o outro, mesmo com o vestibular tão perto? E o que foi que ele falou com meus pais?

Acampamento de Inverno para Músicos (nem tão) TalentososOnde histórias criam vida. Descubra agora