Foi quase impossível passar pela multidão na porta do prédio. E, sim, acabou que eu fui.
Comecei a andar rapidamente até o clube.
Entrei e fiz todo o esquema, de trocar de roupa — para não nos reconhecermos antes e depois — e colocar as máscaras. Levava uma bolsa que podia ser guardada em um armário que reservavam, e sempre que trocava minha roupa, usava um top vermelho com bolinhas pretas e uma calça cinza tipo moletom, de cintura baixa.
Lembrando, não escolhi nada disso.
Alya me mandou uma mensagem, avisando que ficou como Rena Rouge, e uma máscara de raposa. Ela me pediu para sabermos quem éramos, como era sua primeira noite ali.
Já estava mais a vontade por conhecer o local, e também por conta do vinho. Vou até o minibar, e exatamente um instante após fazer o pedido, sinto alguém se posicionando na minha frente, de súbito.
— Já sentiu minha falta? — pergunta, me olhando.
— Não enche, chaton. Vamos pular as preliminares, como você mesmo havia dito. — me inclino em sua direção, esticando o braço. Nossos rostos quase se juntam, enquanto eu só queria pegar minha bebida, atrás dele.
— O que todo esse tempo sem mim faz com você, viu. — diz, ainda sem tirar os olhos de mim.
— Quero nem saber o que espera de mim se eu sumir por uma semana. — respondo, e me afasto.
•••
Era meia noite, e já estavam todos completamente bêbados e se divertindo. Havia me perdido de Alya, mas depois a achava. Estava dançando na pista, quando vejo Chat Noir se aproximando. De novo.
— Vai me dizer ou fazer logo o que quer, ou vamos ficar nesse joguinho pelo resto da noite?
— Ora, para isso precisaríamos ir para um lugar mais privado. O que tem, aqui. Se me permite...
— Você não tem jeito mesmo, né?
— Achei que já tinha se acostumado. — diz, com seu sorriso característico no rosto — Mas vamos lá, Ladybug. Você faz melhor do que isso.
— Quer mesmo que eu dance para você, hm? — me aproximo dele, dançando. Coloco suas mãos em minha cintura, enquanto a mexo, no ritmo da música. Minha respiração falha por um segundo quando o sinto tocar minha pele, mas ignoro.
Com nossos corpos grudados e sincronizados, deixo suas mãos explorar meu corpo, enquanto mantemos contato visual.
— Assim está bom para você, gatinho? — pergunto, quase encostando meus lábios nos dele.
— Muito espertinha, você. — responde, com um sorriso se formando em seu rosto. Jogo meus braços sobre o ombro dele, curtindo a música, deixando meu corpo balançar.
Ele leva uma mão para o meu quadril, enquanto a outra sobe, percorrendo toda minha pele, chegando em meu rosto. E ainda sim, olhando-nos o tempo inteiro.
— Parabéns, você ganhou. — diz ele, como um sussurro. Se consegui ouvi-lo com toda aquela música e gritaria, é porque estávamos realmente próximos.
— Não sabia que era um jogo.
— Pois você está prestes a receber seu prêmio. — a mão que estava em meu rosto é a que nos aproxima ainda mais, até nossos lábios se juntarem. Ele me beija com intensidade, e por reflexo, correspondo. Céus, seu toque era viciante.
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in the rain | mlb
FanfictionTudo começou na chuva. Após uma embaraçosa cena para poder despistar seu perseguidor, Marinette tenta fugir a todo custo. Acontece que a "vítima" dessa cena volta; assim como o maior sequestrador de Paris.