6- depois da meia-noite

22 4 4
                                    

Finalmente chegamos, exaustos. Acho que esse dia não consegue ficar mais maluco.

— Só tem uma coisa que não sai da minha cabeça. — digo, depois de trancar a porta. — Você não estava em casa? Por que voltou ao clube, só para falar com a gente?

— Ah, Agreste... — ela ri. — Quem disse que já não estava lá? — fico paralisado por um instante. — O que foi?

— Nada. — respondo. Noto as marcas em seu pescoço, seu cheiro característico... começo a rir, de nervoso.

— O que foi, Adrien? — pergunta, um pouco mais impaciente.

— Você chegou lá, mas não muito depois. Né?

— Sim... o que está insinuando?

— E, mesmo reclamando tanto do dono, vocês até se divertiram hoje. Estou certo? — pergunto, me aproximando. Ela apenas me olha, confusa.

— O que é isso, Adrien? — seu rosto estava começando a ficar vermelho. Rio fraco.

— Então...

— Mentira. — me interrompe, com a mão na boca. Ela começa a rir — de nervoso, talvez? —, e caminha até a mim.

Marinette pega sua máscara da bolsa e coloca em meu rosto. Quando me olha, ri de novo.

— Não não, não é possível. Quer dizer que..?

— Sim. — respondo, prontamente. Ela passa uma das mãos delicadamente pelo meu rosto, enquanto me olha. Depois se vira, afastando-se de mim. O que era para ser isso? — Marin? — pergunto, enquanto a observo.

— Era você, esse tempo todo? E você sabia?

— Soube agora, assim como você. — pergunto, me aproximando dela de novo. — Está tudo bem?

— Quais as chances? — ela pergunta.

— Não sei. Só sei que não estou nada desapontado com isso. — respondo. — E, imagino que você também não esteja. Digo, olha a sorte de ter beijado essa beldade! — brinco.

— Oh céus, como não descobri que você era o Chat Noir antes. — ri. — Com esse orgulho, não vai conseguir nada. Ou não gostou de hoje mais cedo? — provoca.

— Nós dois sabemos muito bem a resposta para isso, My Lady. — digo, me aproximando.

— Não ache que vai ser fácil repetir, gatinho. — ela empurra a ponta de seu dedo contra meu nariz, me afastando. — Hoje foi uma excessão, como disse. Só consequência de minha simpatia, sabe?

— Olha só, temos a miss generosidade aqui. — sorrio. — E, por favor. Não vai ser como se nunca tivesse feito isso antes. — ela me olha, se controlando para não sorrir. As vezes acho que é ela quem tem o orgulho maior.

— Preciso de um banho. Onde fica o banheiro? — pergunta, sem rodeios.

— Ali. — aponto. — Pode indo. Vou pegar uma toalha para você.

— Tudo bem, eu espero. Ou acha que sou idiota o suficiente para te dar uma desculpa para entrar, enquanto eu estiver no banho? — responde.

in the rain | mlbOnde histórias criam vida. Descubra agora