---Sinto Noah sair do quarto. Fecho os olhos, tentando apagar o turbilhão de pensamentos que rodopiam na minha mente, mas o sono não vem fácil. Quando finalmente adormeço, o tempo parece passar em um piscar de olhos. Olho para o celular e vejo que são 2h43. O espaço ao meu lado na cama está vazio, o que faz meu peito apertar.
Levanto-me, sentindo o ar noturno mais frio do que o habitual. Quando passo pela sala, encontro Noah sentado no sofá, o brilho da TV iluminando seu rosto. Há uma tensão ali, algo preso, e meu instinto me diz que ele está carregando um fardo maior do que gostaria de admitir.
– Não vai dormir? – pergunto, cruzando os braços, observando-o com curiosidade.
Ele me olha de relance, o olhar pesado, sombrio.
– Pensei que você já estivesse dormindo – responde, a voz carregada de algo que ele está claramente tentando esconder.
– Eu estava... – respondo, hesitante, mas logo acrescento: – Mas não respondeu minha pergunta.
Ele solta um suspiro profundo, como se estivesse lutando contra algo interno.
– Vou daqui a pouco – diz, o olhar voltando para a tela, mas a atenção claramente em outro lugar.
Algo dentro de mim se agita, a sensação de que estamos à beira de uma conversa importante. Vou até a cozinha, bebo um copo d’água, tentando ganhar tempo. Estou perto da porta do quarto quando sinto Noah me puxar pelo braço, me virando abruptamente.
– Que susto, Noah! – exclamo, com o coração acelerado. – Por que fez isso?
– Eu não consigo mais segurar isso, Maya – ele diz, sua voz intensa, carregada de uma urgência que eu não esperava. Ele se aproxima, me encurralando contra o batente da porta. – Por que você é tão persistente? – Sua respiração é irregular, e há algo no seu olhar que me faz arrepiar.
– O quê? – sussurro, meu coração batendo mais rápido, a intensidade do momento me atingindo em cheio.
– Os meus pensamentos... – Ele baixa o olhar por um instante, como se estivesse lutando com suas próprias emoções. – Eles estão me consumindo. Eu não posso te contar tudo agora, mas não paro de pensar em você, Maya. Não suporto quando brigamos, odeio quando você fica com raiva de mim. – Sua voz vacila, revelando o quanto ele está aflito.
– Noah... – seu nome sai quase como um lamento dos meus lábios, meus sentimentos confusos e intensos.
Ele se aproxima mais, sua testa quase encostando na minha.
– É uma tortura, Maya – continua, sua voz cheia de frustração. – Ficar perto de você, e ao mesmo tempo, ter que me conter. O que eu sinto por você... isso está me matando.
Antes que eu possa responder, ele me puxa para um beijo, e tudo o que estava contido entre nós explode de uma só vez. O beijo é intenso, faminto, como se ambos estivéssemos tentando compensar o tempo perdido, os anos de distância e silêncio. O desejo queima em cada toque, em cada movimento.
– Fala que me quer, Maya – ele murmura contra meus lábios, sua respiração quente contra minha pele. – Estou tentando me controlar, mas está sendo quase impossível.
– Eu te quero, Noah – admito, sentindo meu corpo ceder à eletricidade do momento. – Eu quero você, agora – falo, o desejo transbordando nas minhas palavras.
Nos beijamos novamente, e tudo ao nosso redor desaparece. O mundo se reduz àquela sala, ao toque de Noah, ao som das nossas respirações entrecortadas. Cada toque dele me faz arder, e sinto que estou me entregando completamente.
De repente, a voz de alguém interrompe o momento.
– Meu Deus... desculpa, eu não sabia que vocês estavam aí – Miguel diz, surpreso, cobrindo os olhos de forma exagerada. – Não vi nada, juro.
Eu e Noah congelamos, ainda nos braços um do outro, totalmente envergonhados. Tento me recompor, enquanto Noah solta uma risada sem graça.
– A gente não estava fazendo nada demais – Noah responde, tentando soar casual, enquanto me guia de volta para o quarto. – Boa noite, Miguel.
– Boa noite – digo rapidamente, a vergonha tingindo minhas bochechas de vermelho.
– Boa noite... só, por favor, não façam muito barulho, ok? – Miguel brinca, com um sorriso travesso.
Noah fecha a porta atrás de nós e, em um movimento rápido, tranca a fechadura. Ele me olha com um sorriso malicioso, o desejo ainda brilhando em seus olhos.
– Onde paramos, meu amor? – sussurra, me puxando de volta para seus braços, me envolvendo no calor do seu corpo.
O beijo que segue é ainda mais urgente, cheio de necessidade. Noah me pega no colo, e eu enrolo as pernas ao redor de sua cintura, sentindo a força de seu corpo contra o meu. Ele me deita na cama com uma delicadeza inesperada, e logo estamos perdidos um no outro, nossos toques dizendo mais do que qualquer palavra poderia.
Sinto suas mãos percorrerem meu corpo, seus dedos deslizarem pela minha pele. O mundo lá fora desaparece enquanto nos entregamos ao momento, deixando apenas o desejo nos guiar. Cada movimento, cada toque é uma promessa não dita, uma rendição ao que sempre sentimos, mas nunca dissemos.
Noah me olha com um brilho nos olhos, a intensidade me fazendo arrepiar.
– Você tem certeza de que quer isso? – ele pergunta, a voz rouca, como se estivesse lutando contra o desejo de avançar mais rápido.
– Absoluta – respondo, minha voz saindo num sussurro carregado de desejo. – Por favor, Noah... – É quase uma súplica.
Ele me beija novamente, mais profundamente desta vez. Estamos completamente nus na presença um do outro. Ele passa as mãos pelo meu corpo, me apertando e me sentindo. Solto um gemido fraco.
Me ajeito na cama e ele faz o mesmo. Ele penetra dentro de mim, e eu solto um leve gemido com um pouco de dor. Ele faz movimentos devagar até eu me acostumar com ele dentro de mim.
Assim que me acostumo, ele começa a se movimentar mais rápido. Ele geme enquanto contraio, apertando o pau dele dentro de mim. Arranho as costas dele enquanto ele gesticula dentro de mim.
– Porra, Maya... Você é perfeita – Noah fala, gemendo.
Sou a primeira a gozar, e Noah demora alguns minutos.
Mudamos de posição depois de um tempo. Monto em cima dele e sento em seu pênis. Ele me olha com desejo, vendo-me me movimentar para cima e para baixo. Quando me sinto cansada, ele me ajuda, se movimentando junto, mas dessa vez é ele quem goza primeiro.
Depois de um tempo, nos deitamos ao lado um do outro, ofegantes.
– Você tá bem?
– Sim, eu tô ótima – falo com um sorriso. – Vou ao banheiro.
Me levanto e vou até o banheiro, faço xixi, lavo o rosto e volto para o quarto. Pego a blusa de Noah no chão e visto-a. Deito na cama, e Noah me abraça.
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Meu Antigo Amor
RomanceEm um universo onde a moda dita as regras e o poder se entrelaça com a paixão, Maya, uma jovem estilista talentosa, ascende na "Modas&Estilos Sullivans", um império global da moda. Seu mundo vira de cabeça para baixo quando reencontra Noah, o carism...