" Você soube do incidente no festival?"
" As pessoas começaram a vomitar do nada, a pele da minha mãe necrosou, ficou horrível"
" O que será que houve? Será que foi o Octopus?
" Não, acho improvável, ele só explodiu tudo e ficou parado lá assistindo. O homem-aranha até tentou ajudar mas..."
" Meu pai ficou ruim depois que bebeu aquele refrigerante que estava distruindo. "
" Vocês souberam? A Alchemax estava patrocinando o festival, até deram várias amostras grátis, não sabiam que eles faziam esse tipo de coisa. "
" Alchemax? Aquela empresa? Sempre soube que eles eram uns filhos da p*#$! "
" Acha que foram eles? Faz sentido ter sido apenas uma amostra grátis, será que era algum experimento?"
" Há rumores de que eles fazem testes muito desumanos. Pode ser isso, não? "
" NÓS VAMOS PROTESTAR LÁ NA FRENTE, COMO PODEM FAZER ISSO CONOSCO? "
" Então, foi a Alchemax? Que terrível! "
" Espero que eles se pronunciem logo, como podem fazer isso? "
" As pessoas de lá sempre foram arrogantes, nunca gostei dessa empresa, pra que agir dessa maneira tão baixa? "
" Espero que morram! "
" Aqueles malditos, ONDE ESTÁ O PRESIDENTE E POR QUE ELE NÃO FALA NADA?! "
Aquelas mensagens estavam acabando com seu psicológico, era uma rede social muito ativa e o assunto do momento era esse, não tinha saído do seu escritório pra nada ou sequer tomar café, e para sua infelicidade Anaya havia faltado, disse que era por motivos pessoais, compreendia perfeitamente porém já fazem exatos três dias que não tinha sequer notícias da garota além dos diversos protestos que ocorriam lá fora na portaria da empresa, tudo isso lhe dava dores de cabeça.
Passou pela sua cabeça que beijá-la assim poderia ter a assustado e por isso não falou mais consigo, na verdade estava tão preocupado com isso que as vezes esquecia que a Alchemax existia. Frequentemente encarava o chaveiro de pandinha nas suas mãos, sabia onde ela morava porém não tinha coragem de surgir lá, agora que pensou a respeito, ao menos tinha um motivo e isso lhe alegrou, foi a única coisa que melhorou seu humor após toda aquela polêmica, ouviu alguém bater na porta e murmurou um "entre".
— Com licença, Sr. O'hara. — Era Kate, uma amiga de Samantha e substituta dela.
— Diga, Kate.
— Sobre a investigação, deixei tudo aqui nesta pasta. — Entregou a ele, Miguel abriu lendo parte do parte. — Disseram ter visto uma mulher ruiva distribuir aqueles produtos em nome da Alchemax, investigaram o que causou aqueles sintomas nas pessoas e...
— E? — Insistiu para que ela continuasse. Parecia hesitar a todo instante, estava bem nervosa.
— Senhor, o organismo Luminaris Ambivalens foi a causa. — Ele olhou pra ela confuso.
— Como?
— Se você olhar a quinta página, o resultado do laboratório, verá que ele bate com o qual a senhorita Marlowe criou, ambos são os mesmos mas ainda não sabemos ao certo como ele age no corpo, claro que há propriedades curativas no entanto, está claro que foi feito com outras intenções. — Miguel levantou-se batendo na sua mesa com raiva, a morena se encolheu com medo dele.
— Acha que irei acreditar em tamanha calúnia, Kate? É amiga de Samantha, não?
— Veja o senhor mesmo! Está tudo aí, quem investigou foi alguém de confiança. — Exclamou firmemente, ele verificou a procedência daquilo e se assustou, os testes no organismo batiam, havia algo de errado, outra coisa que lhe chamou a atenção foi o fato de testemunhas terem visto uma mulher ruiva distruindo tais produtos, ninguém viu seu rosto pois estava coberto com uma máscara, já tinha uma suspeita e sabia que Kate não mentiria a respeito. Nada daquilo fazia sentido, alguém havia se aproveitado da boa vontade de Anaya? Ou ela tinha segundas intenções? Sua cabeça estava repleta de perguntas e ainda hoje teria que procurá-la para respondê-las.
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𝓥é𝓾 𝓭𝓪 𝒟𝑢𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
RomanceAnaya Marlowe se via em uma situação complicada, seus três empregos eram essenciais pois precisava do dinheiro mas como poderia se apressar quando abutre insistia em querer destruir tudo ao seu redor? Naquele momento, o homem-aranha surgiu para res...