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Capítulo 9
Poliana
A boca dele estava tão próxima da minha, eu conseguia sentir a respiração dele se misturando com a minha de uma forma íntima e quente
— Eu aguento a noite toda — O provoquei. — A questão é: você aguenta? — Mordisquei meu próprio lábio quando queria era estar provando do dele. — Pela minha experiência cão que ladra, não morde.
Os olhos de Nathan acompanhavam o movimento de minha boca, e logo retornaram para os meus, capturando os meus, como se estivesse a segundos de me devorar.
Devora.
Devora.
Devora.
Nathaniel aproximou mais a boca da minha, inclinando a cabeça a ponto de quase me beijar.
— Eu mordo — Ameaçou e aproximou a boca um pouco mais para perto de meu ouvido e continuou , a voz grave fazendo minha pele toda arrepiar. —chupo. — Senti o nariz dele dar uma roçada entre meus cabelos e orelha. Meu estado havia se transformado em segundos em uma poça por causa das provocações dele. — Meto forte depois começo tudo outra vez. — Roçou de novo a ponta do nariz por minha pele.
Esse cara vai acabar comigo. Ele voltou a aproximar a boca da minha, entreabri os lábios para que os meus se encaixassem aos dele.
— Poliana. — Uma voz feminina me chamou, o som não me era familiar.
Olhei para a mulher fardada com uniforme policial. Nathan olhou na mesma direção.
Porra! Tá de brincadeira... Ele sai de cima de mim e recolhe a garrafa vazia do tatame e segue em direção ao bebedouro que fica próximo aos armários. Não sorrio para ela. Não somos amigas, e não tenho a mínima vontade de saber que diabos ela está fazendo interrompendo o beijo que Nathaniel ia me dar.
— Podemos conversar? — Seu tom é meio duro.
Dou uma bufada para mostrar a minha impaciência. Eu me levanto e caminho sem vontade até ela.
— O que você quer? — Respondo com rispidez.
Ela tem a postura rígida, seus cabelos estão presos para trás , bem escondidos debaixo do quepe.
Olho na direção de Nathan e já não o encontro no bebedouro.
— É importante. — A policial comenta.
— Tudo bem. — Replico de mal humor.
Caminhamos para fora da academia, e inicio uma caminhada em retorno ao edifício que moro, ela me acompanha.
— Pode começar a falar, tenho outras coisas a fazer. Quando eu chegar em casa essa conversa termina.
