Capítulo um

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A brisa fria batia forte nas janelas das casas dos cidadãos de Nova York naquela noite que anunciava a vinda de uma chuva. Observando o movimento da cidade em cima de um dos prédios, Leonardo pensava em um jeito de trazer Karai de volta para o seu mestre, pois percebia que o velho andava muito triste mesmo que tentasse não demostrar. Em poucos minutos tinha o visto radiante quando a morena finalmente acreditou na sua historia e no outro uma tristeza assolava seus olhos quando viu o laboratório explodir e isso o magoava, mas assim como o mestre não mostrava isso pros irmãos, não queria preocupá-los e muito mesmos decepcioná-los. E esse era seu maior medo. Magoar seus irmãos!

Suspirou e olhou o céu estrelado que era tomado por uma nuvem preta que trazia a chuva daquela noite Sentia-se tão perdido, não sabia o que fazer. Não poderia si aconselhar com o mestre, pois ele desconfiaria de alguma coisa, a April andava ocupada com o pai, Casey estava fora de questão, Donnie andava muito ocupado com as pesquisas sobre o mutagênico, Mikey... Era inocente demais, e Raph... Raph era um caso a parti. Estava sozinho nesta tentativa de se entender e acha uma solução para seus dilemas internos.

Os olhos safiras miraram mais uma vez as ruas e logo detectaram algo de errado. Estava tudo quieto, quieto demais. Sentiu-se observado, levantou retirando as katanas da bainha e olhou em volta mais não encontrou nada, uma aflição explodiu em seu peito ao perceber que aquela sensação não passava. Uma garoa começou a cair e Leo se posicionou em defesa, quem quer que fosse ele estava pronto e não ia recuar, ele tinha uma família para proteger! Amigos para proteger! E um amor para proteger! Ignorando esta parte dos pensamentos e si concentrou para detectar algo movimento do seu possível inimigo, fechou os olhos –como ensinou seu pai- e respirou fundo tentando si misturar a brisa e a chuva para descobrir o inimigo, mas não sentiu nada, não sabia si era porque estava nervoso ou não tinha ninguém ali, esperou o ataque mais este não chegou a acontecer. A chuva baita violentamente em seu corpo, a água não deixava que visse direito, por isso, o movimento de um rastejar passou despercebido por si.

Depois de alguns minutos voltou à postura normal, vendo que nada acontecia. Será que o que sentiu foi engano? Estava tão cansado que estava a perder-se em sensações? Só si sentiu confuso e assustado duas vezes e sua vida: quando enfrentaram o Destruidor pela primeira vez e quanto salvou Mikey e os outros do Rei dos krangs e agora seus sentidos lhe pregam peças desse jeito? Que ridículo! Guardou uma das katanas na bainha e a outra continuou em sua mão enquanto descia do prédio e seguia ate a entrada do esgoto. Quando estava perto do esconderijo guardou a segunda katana e retirou a bandana e a torceu retirando o excesso de água e a colocou de volta, respirou fundo tentando acalma-se antes de chegar, pois seu sensei o conhecia muito bem, e se ele percebesse alguma agitação em si o encheria de pergunta assim como seus irmãos que o interrogariam. Pulou a catraca do metro e assim que pisou os pés na sala sentiu a presença de Raphael atrás de si. Uma toalha foi posta em sua cabeça e aquilo foi uma surpresa pra si, porque jurava que o mais alto o enxeria de perguntas.

-Tudo bem?- ele decidiu perguntar. Vai que tinha sequestrado seu irmão e não sabia?

-Algum problema!- exclamou na defensiva como sempre. Leo suspirou aliviado, não! Não tinham sequestrado seu irmão. Raphael continuava o mesmo: teimoso e brigam.

-Não é nada. Obrigado!- respondeu desviado os olhos das esmeraldas que lhe fitavam interrogativas. Começou a si enxugar. Retirou as katanas e os protetores e si jogou no sofá. Fechou os olhos suspirando, estava cansado, muito cansado.

-O que aconteceu?- ouviu a voz do mais novo lhe chamar de volta a realidade.

-Nada, por quê?- o olhou de solaio. Se desse brecha ele o encheria de perguntas.

-... - o vermelho não disse nada só o olhava.

Leo fechou mais uma vez os olhos lutando internamente para não demostrar que seu coração batia mais forte na presença do mais alto. Não gostava de se sentir desorientado na presença de Raph, mas ultimamente isso tinha acontecido muitas vezes. Suas mãos suavam, seu coração acelerava, sua garganta secava e ficava sem jeito às vezes. Odiava si sentir assim, se amaldiçoava cada vez que isso acontecia. Não queria admitir, mas parecia que estava apaíx...

-Leo! Leo!... Leonardo!- sentiu mãos o balançando levemente. Abriu os olhos vendo o rosto de rafa perto de si... Muito perto.

-Raph!- exclamou pondo as mãos em seu peitoral em um ato de reflexo, o afastando.

-Leo tudo bem?- si afastou um pouco mais não tirou as mãos do mais velho.

-Sim. O que aconteceu?- si endireitou no sofá. Rafa se afastou mais continuou em pé a sua frente.

-Não sei... Você não respondeu quando chamei.

-Desculpe... O que você disse?

-Não deixa pra lá. Você precisa dormir um pouco.

-Eu... - ia reclamar que estava bem para ouvi-lo, porém o cansaço em seu corpo falou mais alto –Tudo bem rafa, amanha nós conversamos tá?

-Tá bem Leo.

O azulado se levantou, espreguiçando-se e pegou do chão as katanas e os protetores do chão.

-Boa noite Raph.

-Boa noite Leo.

Dirigiu-se para o seu quarto, mas antes disso passou pelo quarto de Donatello, que dormia tranquilamente, e no de Mikey que dormia todo esparramado na cama. Confirmando que os dois estavam bem e que rafa logo estaria dormindo também, foi para seu quarto. Jogou os protetores de qualquer jeito no quarto e guardou cuidadosamente suas katanas no suporte e si jogou na cama. Fechou os olhos e tentou relaxar corpo para que o sono chegasse mais rápido. Depois de alguns minutos finalmente o seu merecido descanso veio, o levando pra longe da consciência. Graças a isso não percebeu que alguém entrou em seu quarto e que o observava dormir.

-Porque você nunca mi conta as coisas?- o de olhos esmeraldas suspirou deixando o quarto.

Sem sentido (TNMT)Onde histórias criam vida. Descubra agora