Capítulo nove

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Em algum lugar qualquer.

Alguns dias tinham si passado desde que tinha enfrentado as tartarugas. Caramba eram tartarugas mutantes! Nunca tinha visto uma! Pelo menos não naquele tamanho. Não sabia o tempo exatamente ou onde estava, pois sempre mudava de lugar e quando não era controlada por aqueles malditos aliens eles a acorrentavam em uma cela que existia nos lugares aonde iam, e eles sempre estavam mudando de lugar, eles só lhe davam água para que não morresse. Sentia-se fraca, mesmo com a máquina deligada seu corpo formigava e não conseguia se mexer direito, porem sua maior preocupação era como eles estavam. Será que estavam protegidos? Rezava que sim.

Fechou os olhos suspirando, estava cansada não conseguia nem chorar mais. Sua mente divagou nos momentos felizes que viveu, sua vida era boa e não tinha o que reclamar. Ela morava com os pais no interior do Brasil, perto da floresta amazônica, foi transmutada aos nove anos junto com sua mãe. Só lembrava-se de uns caras estranhos invadindo sua casa atrás de seu pai, sua mãe dizendo que ele não estava. Os homens ficaram furiosos e começaram a atirar nelas, com esforço as duas fugiram para a floresta. Quando perceberam as duas si depararam com dois leopardos que caçavam naquela área, os tiros zumbiam a seus ouvidos a todo o momento. Era para as duas terem sido atingidas, mas quem morreu foram os pobres animais, que não sabia como, mas as protegeram, em ato de compaixão e desespero abraçou os dois mesmo com sua mãe gritando consigo para correr, e num pisca de olhos um líquido verde caiu sobre as duas. A transformação doera, mas não mais do que a negação de seu pai ao ver ela e sua mãe transformadas em leopardo.

Sua doce mãe pensando em seu bem estar separou-se de seu pai e construiu uma casa na floresta onde passaram anos. Infelizmente sua mãe morreu quando tinha 18 anos e passou a morar sozinha. A floresta era perigosa, e com isso ela passou a treinar sua condição física para enfrentar qualquer coisa. E assim foi por anos, anos sozinha só tendo de companhia a floresta. Com seus 26 anos conseguiu seus primeiros amigos humanos. Era duas meninas e três rapazes que foram fazer trilha e a encontraram sem querer, no começo os achavam estranhos e sempre tinha o pé atrás. Mais com o tempo eles ganharam sua confiança.

Sentia falta deles! Queria esta com eles!

Queria está com ele!

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Leonardo estava lhe beijando!

Leonardo estava o beijando e ele não conseguia fazer... Nada!

Raphael tinha paralisado, só sentia os lábios quentes do irmão contra o seu. Era um simples selinho, mas não sabia como reage, empurrava Leonardo ou o correspondia? Sua mente parou de vez ao sentir a língua morna do mais velho sobre seus lábios pedindo passagem. Sem pensar entreabriu os lábios dando a passagem a ele. Fechou os olhos com o arrepio que tomou seu corpo ao ter a língua de Leo tocando a sua. Em um ato de puro instinto levou as mãos (que seguravam o ombro mais velho com firmeza) para o pescoço do líder e entrelaçou as mãos ali.

Leonardo vendo não ia ser repelido, começou a move sua boca contra a do maior, primeiro devagar e depois aumentou o ritmo do beijo apertando a cintura do maior. Um calor gostoso tomou conta do seu corpo quando Raph seguiu seus movimentos e uma verdadeira batalha começou entre as línguas. O sabor do vermelho era doce e forte, não sabia como viveu sem fazer aquilo antes. Raphael não sabia o que fazer direito então só seguiu os movimentos do outro, as duas línguas em batalha dentro de sua boca lhe causava pequenos arrepios, o gosto de Leonardo era melhor do que pizza.

Logos minutos passaram com o beijo, como o ar estava acabando e não queria deixar de sentir o gosto do Raphael, se afastou levemente e arrastou os lábios pela bochecha do vermelho indo em direção ao pescoço dele, que em um ato de reflexo, afastou mais dando liberdade ao azul.

Sem sentido (TNMT)Onde histórias criam vida. Descubra agora