Capítulo dois

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Acordou com as vozes exaltadas pelo corredor, provavelmente aconteceu alguma coisa. Levantou-se mais cansado do que tinha deitado, se espreguiçou e colocou os protetores, deixou as katanas onde estavam e saiu em direção às vozes que agora vinha da cozinha. Ao adentra-la viu Raph segurando Donnie que tentava pegar Mikey que estava se escondendo atrás da mesa como tentativa de se proteger do roxinho.

-Ok! Ok! O que esta acontecendo?- perguntou si colocando em frente de Donatello.

-O Mikey... O Mikey desarrumou o meu laboratório- disse exaltado.

-Eu não fiz nada!- o menor exclamou atrás da mesa.

-Ok! Calma!... Donnie você tem certeza de que foi o Mikey?- viu Raph soltou o roxinho, que suspirou tentando manter a calma.

-Sim Leo eu tenho certeza... Ele é o único que entra lá quando não estou. - tentou alcançar o mais novo mais Leo não deixou.

-Mikey... - chamou olhando o melhor que ainda si escondia de Donnie.

-Não foi eu Leo... Eu juro- comentou choroso

Leonardo suspirou buscando uma solução para aquele impasse. Michelangelo não era de mentir, mas Donnie estava convencido de que foi o mais novo. Si o gênio o tinha certeza que ele entrar no laboratório, algum fundo de verdade aquela acusação teria. Olhou de relance para Raphael como si buscasse ajuda, porem o vermelho só fez dar de ombro. Respirou fundo tentando manter a calma e acha uma solução já que não podia contar com seu irmão.

-Mikey o que você foi fazer no laboratório do Donatello?- perguntou.

-Eu ia o chamar pra tomar café, mas não entrei, pois lembrei de que você não tinha acordado ainda, fui te chamar, quando eu estava perto do seu quarto ele apareceu mi ameaçado, então sai correndo, Rapha só conseguiu segura-lo aqui e então você apareceu- falou tudo de um folego só.

-Donnie você viu o Mikey sair do seu laboratório?

-Ele... Tinha saído àquela direção e quando entrei, vi tudo bagunçado então supôs que foi ele.

-Então você não tem certeza.

-... Não... - o roxinho baixou a cabeça.

-Faremos assim... Michelangelo ajudara você a arrumar o laboratório e depois vemos si foi ele que o bagunçou ok?

-Esta bem Leo- o roxinho confirmou.

Com os ânimos mais calmos todos si sentaram a mesa esperando o mestre para tomarem café. Nisso Leonardo percebeu que estava tarde e si não fosse as vozes no corredor ele si atrasaria, o que geraria perguntas do mestre a si. Agradeceu internamente por aquela briguinha que o tirou da cama. Mas si não tinha sido o Mikey a desarrumar o laboratório quem foi? Mal tinha começado o dia e sua cabeça já doía.

Como estava distraído com seus pensamentos, Leo não percebeu que os olhos esmeraldas estavam fixos nele. Raphael sabia que algum estava incomodando seu líder, podia sentir no modo como eles conversaram ontem, além disso, Leonardo aparentava um grande cansaço, queria fazer algum para ajudar, mas seu orgulho e seu jeito de lidar com os irmãos não ajudava em nada. Precisava acha uma brecha naquela postura de seriedade e liderança do mais velho, para quem sabe puxar um assunto e assim nas entrelinhas acha o problema do menor.

Viu o mestre entrar pela porta e desviou os olhos para cumprimenta-lo. Mikey serviu o café da manha e conversaram banalidades como sempre. Pelo canto dos olhos viu que Leo mal tocava na comida, teve ímpetos de reclamar com ele, pois não estava comendo, mas si fizesse isso chamaria a atenção do mestre e não queria encrencar o mais velho. Com o final do café o mestre si retirou pro seu quarto dizendo que si tivessem algum problema o chamasse ou si quisessem conversar ele estaria disposto a ouvi-los –como sempre- logo o azul si retirou deixando bem claro que era para Mikey ajuda Donatello no laboratório. Levantou-se e seguiu o líder que entrou no dojô e si sentou em posição de lótus encostado a uma parede, juntou as mãos e fechando os olhos. Raph o observou por longos minutos, tinha algum errado, ele sentia isso. Só que no meio disso ele tentava entender o porquê de seu coração que estava acelerado.

Sem sentido (TNMT)Onde histórias criam vida. Descubra agora