punição

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- p-pai, não é isso- - é interrompido aos berros -

- então o que foi isso? Um garoto acabou de te beijar?! Ou vai falar que estou louco?! - anda até o loiro -

- não, claro que não!  - tentou se afastar lento -

- então, me explique o que aconteceu. - sério que chegou próximo ao filho e fechou a porta atrás do mesmo -

- ele é apenas um amigo, conheci ele hoje na escola papai, eu juro! - explicou com a voz trêmula, assim como todo seu corpo estava -

- então por quê? Tem tanta intimidade assim em um dia? - ligou pontos em sua cabeça - o que estavam fazendo no quarto, Leopold? - sua voz fez o corpo do mais baixo estremecer -

- f-fazendo um trabalho do professor. - encostou na porta, para não cair -

Mesmo estando acostumado com as faces sérias do mais velho, sempre temia o que o mesmo faria consigo caso fizesse algo de errado − o que era constante para os pais −.

- quem é o retardado que passaria um trabalho no seu primeiro dia de aula butters? - puxou o loiro pelo braço - quantas vezes falamos para você não mentir para nós?

- 52 vezes... - se lembrou das vezes que seu pai "conversava" sobre mentir para os mais velhos -

- terá de ser punido de novo. Até aprender - arrastou butters até a escada -

O loiro sabia exatamente o que aconteceria agora. Então apenas respirou fundo, relembrando da última vez. Também lembrou de quando tinha 9 anos e seu pai fez isso. Ele chorou tão alto que o mais velho foi acusado de agressão infantil pelos vizinhos e, por azar, conseguiu se safar da cadeia.

- n-não no rosto.. a-as pessoas pode e-estranhar - gaguejando ele pediu. Era possível controlar os berros, não as lágrimas.

O mais velho deu um tapa no rosto do loiro, e o mesmo mordeu forte o lábio inferior para conter o gemido de dor. Ele caiu no chão sentindo o gosto de ferro na boca.

- para de chorar. Filho meu não é uma "bixinha".

Foi isso por alguns minutos, o mais velho agredindo a criança de várias formas como socos, cortes leves de canivete, tocar em feridas antigas que ainda estavam lá − que era apenas alguns roxos ja opacos − e entre outros.
Ele deixou o garoto em seu quarto e desceu as escadas. Trancando o mesmo no cômodo.

- porra...

Chorou baixinho abraçando os próprios joelhos a sua frente. E tudo isso por um garoto que nunca sequer viu na vida o beijou acidentalmente.
Mas mesmo tendo sido agredido, não pode deixar de agradecer, já que podia ter acontecido algo bem pior.

C o n t i n u a...

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ɴᴏᴠᴀ ᴇsᴄᴏʟᴀ-𝓑𝓾𝓷𝓷𝔂                                  (sᴏᴜᴛʜ ᴘᴀʀᴋ)Onde histórias criam vida. Descubra agora