Não é como se eu sentisse medo de Soraya, porque não sentia, mas sabia que ela era louca, e para ela se achar no direito de ficar incomodada era um estalar de dedos, e eu não a queria fazendo show, odiava chamar atenção. Mas eu também não podia ser mal-educada, e dizer para a garota sair de perto de mim, e pensando bem, era até uma boa ideia tentar algo com ela.
É claro que Leila forçou um pouco indo até uma garota alta, loira e de olhos castanhos, e dizendo que eu estava babando por ela só que tinha vergonha. Obviamente, Lelê tratou de sair depois de deixar a loira comigo. Eu fiquei boquiaberta, porque ela era até que um pouco parecida com Soraya, e isso era um pouco hilário, tentar esquecer alguém com uma pessoa parecida era um pouco confuso.
A maioria das pessoas estavam com roupas de banho, eu estava de biquíni e bermuda jeans, e a garota estava de maiô, revelando o corpo incrível que ela tinha. É claro que nem tudo são flores, a garota era linda e tinha esse corpo maravilhoso, mas era insuportável, assim que começamos a conversar, em meio a assuntos entediantes, ela tratou de começar a falar da ex dela, sim ela era lésbica e visivelmente tinha sentimentos pela ex de tanto que falava mal dela, eu até tentei me livrar dela, alegando ir buscar, mas bebida, mas a desgrama foi comigo, então para tentar a calar, a chamei para dançar.
Era uma música brasileira e ela dançava muito bem, e sério, calada ela era perfeita, me sinto até mal falando isso, mas era a verdade. Logo trarei de dançar as próximas cinco músicas com ela, e admito que estava até animada, porque ela tinha um gingado incrível e muito sexy era parecido com... Porra qual é meu problema?! Revirando os olhos internamente para mim mesma, na sexta música, estávamos cansadas e ofegantes, então decidimos ir ao bar beber para depois voltar a dançar. Quando chegamos lá, ela resolveu que era uma boa ideia virarmos bebida quente, e então começamos a virar tequila.
— Eu não aguento mais — disse num fôlego só, quando terminei de virar a quinta dose, larguei o copinho vazio no balcão e lhe olhei, a garota riu.
— Você é fraquinha, Simone, vamos, você consegue virar mais algumas... A desgraçada da minha ex era a melhor em... — Respirei fundo e segurei sua cintura a puxando para mim, não aguentava mais ouvir falar da ex.
— Eu acho que não é a bebida que eu quero provar agora — sorri, ela ergueu as sobrancelhas, e negou com a cabeça, ela era alta, precisei me esforçar muito para roubar um beijo dela, mas consegui, eu estava com vontade de beijar, mas o beijo dela não pareceu bom o suficiente, foi impossível não fazer comparações ridículas. Então aos poucos terminei o beijo me afastando e me sentindo um pouco tonta já.
— Você beija melhor que minha ex — disse mordendo os lábios, eu fechei os olhos e respirei fundo.
— Que sorte a minha — peguei a última dose restante no balcão e virei, sem limão e sal. — Bom, vou no banheiro, me espere aqui que eu já retorno — antes que ela pudesse falar algo, caminhei às presas para dentro da casa, eu não iria ao banheiro, iria era para o quarto que de hóspedes que eu dividia com Leila tomar um banho e dormir.
Acontece que eu estava um pouco tonta, confusa, e não sabia muito bem me localizar nessa casa, então na primeira vez que achei ter achado o lugar certo, na verdade estava errado. Mas o que eu vi me deixou extremamente chocada. E por que fiquei tão chocada a ponto de cair no chão igual a uma banana mole? Simples, Eduardo, estava pagando um boquete para um garoto que estava sentado na cama.
Eduardo Rocha, o cara foda do colégio, hétero supremo, que pegava todas as garotas, mas que hoje, namorava uma das meninas mais populares e lindas, Damares. Quando ouviu o barulho, o menino que estava recebendo o boquete, tampou as partes íntimas com o rosto vermelho e Eduardo, que felizmente estava vestido, se levantou branco, com os olhos arregalados e cabelos bagunçados.
— Simone não é... Não é o que... E-eu é...
— Eu não vi nada — levantei as mãos e saí o mais rápido que consegui do lugar, constrangida. Eu pensei estar bêbada demais, mas quando ele se levantou era Eduardo. Ainda atordoada, eu decidi ir em algum banheiro, lavar meu rosto.
— OK, ou eu estou tendo um coma alcoólico ou isso só pode ser pegadinha! — Eu não estava acreditando no que meus olhos estavam vendo, não podia ser verdade.
Certa vez minha mãe disse, o adultério sempre é pago na mesma moeda, eu só não imaginei que fosse tão rápido assim. A morena no mesmo momento se afastou da outra, pálida. Sim, ninguém tem a decência de trancar as portas quando vai trair, Eduardo estava chupando um pau com a porta aberta, e Damares estava quase comendo Leila com a porta do banheiro aberta.
Era implorar para ser descoberto, não podia ser verdade.
— Simone...E-eu- nós... — Eu comecei a rir sem conseguir me controlar, quase chorando, vendo minha amiga me olhar confusa enquanto segurava a parte de cima do biquíni que estava aberta e Damares ficar cada vez mais branca.
— Eu... — Solucei. — Eu não vi nada — ainda rindo, levantei minhas mãos. — Podem continuar, mas tranquem a porta por favor — ainda rindo eu sai do banheiro, mas esbarrei com Janja, ela estava com as bochechas coradas. — Eu... — Tentei controlar minhas risadas.
— Eu fiz uma coisa muito louca — falou séria demais, me deixando preocupada e parando de rir abruptamente, Janja olhou para os lados, para se assegurar que ninguém estava perto e respirou fundo. — Eu transei com a Michele.
- Puta Que Pariu – Tive outra crise de risos e minha amiga ficou me olhando estática.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Hidden Feeling - ADAPTAÇÃO
Fanfiction{CONCLUÍDA} Dois corações, duas mentes indecisas, duas pessoas totalmente diferentes. Amor Oculto, obstáculos internos e externos. > Essa História é totalmente fictícia, criada por fãs no intuito de distrair a mente. Nada nessa história é real.