Laços de Esperança e Desespero

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Os dois seguiram entre as árvores, seus passos suaves se misturando com os raios de luz que conseguiram penetrar entre as copas das árvores, criando um jogo de sombras e brilho. Enquanto avançavam, as ruínas de prédios começaram a aparecer, testemunhas silenciosas de uma era passada e de um mundo que havia mudado de maneira irreversível.

O cenário se transformou à medida que caminhavam. De repente, a vegetação cedia lugar à parte urbanizada, ou ao que restava dela. Era como entrar em um lugar que estava preservado no tempo, congelado na destruição e no abandono. Os escombros e a deterioração lembravam-nos de uma vida que já foi.

"Pelo mapa, alguns quarteirões à frente teremos uma farmácia, talvez tenha alguma coisa", Yan alertou, sua voz carregada com um senso de urgência. A jornada havia sido longa, com mais de um dia de duração, em grande parte devido ao atraso na biblioteca. O tempo era um recurso precioso agora, e cada minuto importava.

"Estamos no segundo dia, temos mais três" alertou.

Eles continuaram a avançar, a cidade em ruínas revelando seus segredos e desafios. A esperança de encontrar o que procuravam estava misturada com a realidade sombria que os cercava. Enquanto o sol se punha mais uma vez, eles persistiam em sua busca, lembrando-se do propósito que os guiava: a sobrevivência, a busca por uma cura e a necessidade de manter a chama da esperança viva.

Pelo caminho há vários caminhões militares, e dentro deles não se encontra nada, até os próprios veículos estão destruídos pela força do tempo e não tem mais alguma utilidade.

Entrando rapidamente na farmácia, eles encontram poucos mortos, e usando uma faca Yan consegue neutralizar dois facilmente atacando pelas costas, já Annie consegue arrancar a cabeça de um com sua espada.

"vamos procurar logo" Annie estava com pressa e de imediato já começam vasculhar o lugar.

"Você não vai me contar o que aconteceu, não vai?"

"Não acho que seja momento para isso, estamos lutando contra o relógio e é quase final do segundo dia"

"Eu fiz isso, com o Dante, para proteger aquelas pessoas, várias vezes eles usavam os prisoneiro como iscas para os mortos, amarrados vivos na cidade para mudar a direção deles, não vou continuar se começaram a fazer a mesma coisa"

"Não foi, está bem, a propósito a minha mãe não tem para onde ir, aquele é o lugar mais seguro para ela, isso aqui não é nada com o que passei, se ela estiver seguro, nada mais importa "

"E se achamos um lugar seguro" sugeriu Yan "você não precisa aguentar nada"

"Por que você me ajuda?"

"Acho que foi minha mãe, ela sempre me deu uma boa educação, ou porque você aguenta tudo isso para proteger alguém, foi assim que meu pai protegeu várias pessoas"

Os trocam breves olhares, com um simples sorrisos em seus rostos, mas naquele momento a atenção de Annie estava em apenas uma coisa.

No cenário de escassez medicamentosa, a jovem vasculhava com determinação as prateleiras quase vazias da farmácia. Seu foco era preciso, guiado pelo que sua mãe necessitava. Ignorando os outros frascos e caixas que passavam pelo seu campo de visão, a ansiedade dentro dela aumentava a cada escolha errada. Parecia que a angústia se acumulava a cada frasco inadequado que suas mãos tocavam.

A tensão no ar era quase palpável quando, finalmente, o momento de triunfo chegou. Um grito de alívio irrompeu de seus lábios: "Achei!" Um suspiro carregado de emoção seguiu-se ao grito, encapsulando todo o esforço e a jornada de incerteza. Enfim, o objetivo for a alcançado. E ali estavam eles, segurando nas mãos o remédio tão procurado. O sentimento de alívio se misturou à exaltação do sucesso, e a jornada naquelas prateleiras quase vazias tornou-se uma vitória compartilhada.

Sobreviventes: Entre As SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora