Doze anos no passado, um terror que mudaria a vida de todos, a mãe das gêmeas desacordada era capturada, assim como foi sua filha e agora terá que enfrentar horrores que nunca conseguiria imaginar, nem nos seus piores pesadelos.
Lúcia sentia-se presa em uma escuridão densa, sem saber quanto tempo havia passado desde que perdera os sentidos. Lentamente, um brilho intenso começou a invadir sua mente, forçando-a a lutar contra a inércia que a mantinha submersa.
Seus olhos se apertaram instintivamente contra a luz, tentando abrir as pálpebras pesadas como chumbo. Aos poucos, ela conseguiu entreabrir um olho, piscando repetidamente para se acostumar à claridade ofuscante.
Uma sensação de dormência ainda dominava seu corpo, mas ela começou a distinguir formas vagas à sua frente. Uma figura humana se formava gradualmente no borrão de luz, trazendo consigo uma presença ameaçadora que ela não conseguia identificar. Cada som, por mais leve que fosse, reverberava em sua cabeça como um eco ensurdecedor; até o cair de uma pequena pedra parecia um trovão em seus ouvidos.
"Lucia" dizia um voz masculina "Lucia Haroff". Sem poder identificar o seu rosto, ou reconhecer sua voz.
"Quem é?" Pergunto ela confusa com o que acontecia.
"Permite apresenta-me, sou ex Tenente, Márcio" Diante dela surgia um homem com um uniforme em pedaços, com algumas cicatrizes pelo rosto e com um corpo bem forte. Sua cara mostrava sua seriedade e causava um enorme temor nela.
O seu nome tinha nenhum valor para ela, nunca escudado antes, e aos poucos a figura do homem se mostra completa, encarcerada numa cela, com suas mãos amarradas, somente os dois numa sala.
"O que você quer? O que se trata disso, não foi o que combinamos pelo rádio, por que estão fazendo isso?" Instigou ela mostrando muito descontentamento.
"Não fui eu que tratou com vocês pelo rádio, e nem me interessa quem são, a minha única pergunta é, cadê seu marido? O Cientista chamado de Alexander Haroff?"
"Ele não é mais meu marido e não sei onde ele está, mas com certeza muito longe para qualquer um pegar aquele desgraçado" dizia com uma enorme raiva.
"O plano ideal era vocês dois, ou pelo menos ele, não entenda mal, você tem grande valor. Porém ele tem suas peculiaridades, gostaria que você trabalhasse para gente, você como grande cientista teria muito valor para gente e seria de grande importância sua colaboração" falou enquanto a encarava em seus olhos.
"E por que eu ajudaria?" Perguntou ela.
"Tenho muito material, com a ajuda, creio que podermos criar um cura nisso tudo"
"Se fosse fácil, não estaríamos assim, não acha? Duvido ter o material certo, com todo o respeito" debochou diante dele.
"Não acho que seja fácil, mas temos bastante tempo e você não terá nada melhor que fazer mesmo, e sobre o material, não se preocupe, temos muito e principalmente em quem testar, seu grupo terá grande papel nisso tudo"
As declarações dele fazia sentir um cala frio pela sua espinha, que tipo de experimento eles teriam em mente, então todo aquele ataque seria isso, apenas buscando cobaia para seu plano.
"Não tem cura, já tentei, fez seu trabalho inutilmente" alegou virando o seu rosto.
"Agora você tem o nosso equipamento "
"E se eu me recusar?" Devolvendo a encarada, se recusando a todo mundo usar a pessoas como se fossem ratos de laboratório.
O homem já sem paciência, levantasse de sua cadeira e anda em sua direção, colocando gentilmente a mão no interior de seu casaco, puxa algo que parece deixar ela bem aflita. Jogando sobre a mesa um pequena fotografia.
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Sobreviventes: Entre As Sombras
AventuraNo turbulento ano de 2080, um mundo devastado pela superpopulação e crises alimentares enfrenta uma nova ameaça: os mortos retornam à vida, desencadeando o caos e a destruição. Em meio a esse cenário apocalíptico, acompanhamos a jornada de Annie e s...