UMA PESSOA DIFERENTE-RONY MALFOY

01-olha o trem

Depois do que eu falei pra minha mãe, ela não falou comigo depois disso. Fred e Jorge pareciam estar um pouco desconfortável e não sabiam direito o que fazer. Molly olhava um pouco irritada e magoada pra mim, quase dei os ombros pra ela.

Até que um garoto com óculos e um cabelo todo bagunçado e roupas toda esfarrapada chega na gente. Reconheci na hora quem era.

Ele estava pedindo informação pra minha mãe e ela tava explicando o que ele tinha que fazer. Fred e Jorge foram na frente e eu logo fui atrás deles.

*************

Finalmente estou dentro do trem, mudou nada. Eu comecei a procurar a cabine que eu tinha entrado com o Harry. Se eu não me engano, ele estava lá lo fundo. Eu só ouvia os cochichos das pessoas falando de Harry Potter a criança que sobreviveu a um imperdoável. Essas pessoas além de deselegantes, não sabem ficam com suas matracas fechadas.

Eu tinha quase chegando na cabine de Harry, mas eu fui parado por um loirinho com o cabelo lambido. Ele me olhou com o seu nariz empinado e seu olhar ficou afiado.

- olha o que temos aqui. Não precisa dizer nada, só olhando pra você já sei de onde você saiu. Cabelo ruivo, veste de segundo mão e um complexo de estupidez. Você deve ser um Weasley.

Uma coisa eu sabia, isso não era pra estar acontecendo, não agora. Onde diabos esse cara saiu. Mas eu não pudo não sorrir, o draco quando criança é tão fofinho, mesmo que eu queira tirar esse gel do seu cabelo.

- tá rindo do que? Deu pra perceber que ele estava ficando irritado com o meu silêncio.

- você nem se apresentou ou você espere que eu adivinhe.

-  eu não preciso me apresentar a alguém de sua classe e você deve saber pelo menos o meu sobrenome, só de olhar pra mim. Ele parecia bastante orgulhoso de estar falando isso. Eu tive que segurar a risada, esse jeito dele é tão engraçado. Faz tempo que ele não vê um Draco tão orgulhoso. Ele só consegue se lembrar do seu marido, como alguém amoroso, preocupado e um ótimo cozinheiro. Mesmo que tenha elfos domésticos dentro de casa, ele gostava de fazer comida pra mim e usava objetos trouxas pra fazê-los também.

- você deve ser Malfoy, Draco malfoy. Ele sentiu um djavú, mas preferiu ignorar. Vi que ele pareceu de certa forma surpreso, isso estava se tornando algo divertido.

Peguei a sua mão direito e levei meu lábios até a sua mão e beijei. Olhei pra ele e ele parecia desconsertado, não sabendo o que fazer. Não pude não dar um sorriso de lado.

Levantei um pouco a minha cabeça pra olhar nos olhos dele

- eu sou Rony, Rony weasley. Espero que sejamos bons amigos, não quero ser o seu inimigo. Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, eu arrastei ele até a cabine do Harry.

A criança com óculos redondo e roupas que eram maior que ele, olhou pra mim com uma certa curiosidade. Eu joguei o draco dentro da cabine e fechei a porta.

- minhas humilde desculpa, a gente pode ficar nessa cabine.

Draco tá olhando irritado pra mim, olho pra ele e sorrio e volto a minha atenção a Harry.

- sim, vocês podem. Eu sou Harry, Harry Potter. Olho de sorrateira pro Draco e vejo que o seu olhar de irritado, pra de surpreso e depois vi aquela pitada de alegria.

- eu sou Rony weasley e esse é meu amigo, Draco malfoy. Sentei me do lado de draco, que estava no lugar oposto de Harry e que deveria ser o meu lugar.

- desde quando eu sou seu amigo? Sua voz ficou áspera e irritada de novo e com aquela pitada de sarcasmo. Ele deve estar olhando pra mim e falando pra eu me enxergar.

Olhei pra ele e dei um beijo na sua bochecha. Ele literalmente gritou de surpresa e depois olhou pra mim indignado. Ele começou a limpar a sua bochecha com a manga de sua roupa e vi como ele ficou um pouco corado e como suas orelhas também.

- o que você pensa que está fazendo Weasley!?

Eu não consigo resistir, estava com bastante saúde de você meu príncipe encantado.

- não pude resistir, você é mó fofinho. Ele ficou ainda mais vermelho e parecia que ele esqueceu completamente que Harry Potter estava na sua frente e saiu da cabine e foi embora. Olhei pro Harry e ele tava com a boca ligeiramente um pouco aberta. Ele logo fechou ela e continua olhando pra mim, como se esperasse algo de mim.

- É uma honra conhecer você, Harry Potter. Todos mundo sabe quem é você. Ele pareceu ficar um pouco tenso

- posso ser o seu amigo?

- a-amigo? Era bom ver o seu amigo de novo.

- sim, amigo. Estendo a minha mão, ele olha pra ele e logo aperta ela.

- prazer em conhecer você, Rony weasley.

******************

Agora eu estou conversando com ele e ele parece que ficou um pouco mais aberto pra mim e demostrou ter uma certa confiança. Acho que eu tô me precipitando de mais, a gente só acabou de trocar algumas palavras. Até que me lembro de uma coisa

- qual casa de hogworts você acha que vai ir?

- casa de hogworts? Eu achei aquilo um pouco estranho, o Harry ainda não sabia sobre as casas?

- ah é verdade, você mora com os trouxas. Desculpa, tinha me esquecido. Existe quatro casa em hogworts, onde que meio que divide um pouco os alunos, mas também obriga eles a socializar. Grifinória (Gryffindor) é o lar dos ousados e corajosos. Na Sonserina (Slytherin) moram os astutos e ambiciosos. Corvinal (Ravenclaw) é a morada dos que se destacam pela inteligência e priorizam o aprendizado. Em Lufa-Lufa (Hufflepuff) residem os mais leais e justos.

Depois de ouvir o que eu tinha dito, Harry parecia pensar um pouco.

- eu não sei, talvez lufa-lufa. Eu quase dei uma risada, eu não conseguia imaginar o Harry na lufa-lufa.

- você vai pra grifinória.

- como você pode ter tanta certeza. Eu quase falei pra ele que eu era do futuro e sabia qual casa ele iria. Harry  tem uma aura que grita grifinória.

- sei lá, você parece ser alguém corajoso.

- E você? Qual casa você acha que vai ir. Eu parei pra pensar nisso, será que pelo fato de eu ser um adulto, minha casa vai ser diferente?

- grifinória, eu acho. Todos da minha família foram.

Mesmo que eu sempre achei que o Percy iria pra Corvinal ou sonserina e ginny na sonserina. Mas eu me lembro de uma conversa que eu tive com Jorge, ele falava do passado e falou que ele e Fred quase foram pra sonserina, mas pediram pro chapéu colocar eles na grifinória. Eu tinha perguntado o motivo deles não terem aceitado, eles falaram que queriam orgulhar a Molly. Ele fala que se arrepende um pouco dessa escolha.