Capítulo 12

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Olá minhas florzinhas! Aqui está mais um capítulo novinho para vocês, mesmo que tenha demorado uns 3 meses... T-T

Mas esse capítulo tem um aviso, aqui vai o alerta:

TEM GATILHO DE ⚠️ESTUPRO⚠️!!

Então mesmo que o ato em si não seja tão explicito, se você sabe que vai ser afetado não leia. Eu repito, NÃO LEIA!! 

Mas se vc for tranquilo e consegue ler esse tipo de coisa, aproveite!

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POV TODOROKI

O pesadelo começou no momento em que coloquei meus pés em casa. Assim como nas outras vezes, não tive tempo de reagir antes de sentir uma grande mão em volta do meu pulso. 

Meu pai...não... Endervor, me arrastou agressivamente até a sala de treinamento. Eu conseguia sentir a frustração, a raiva... a pura raiva saindo dele. Fui jogado com tudo no chão de madeira e, antes que eu pudesse fazer um movimento para me levantar, senti um forte chute em minhas costelas, depois outro, mais outro e outro. Ouvi algo estalar e logo me vi com dificuldades para respirar. Com certeza uma de minhas costelas quebrou e pode ter perfurado um de meus pulmões. 

Não tive tempo para me preocupar demais com isso. Ele não parava e a única coisa que eu conseguia emitir eram fracos suspiros e choramingos enquanto mais chutes e socos vinham em minha direção. Tenho certeza que esses sons o irritaram, porque agora ele estava mirando os golpes em minha cabeça e fiz de tudo para protege-la com meus braços. Eu também me sinto patético, mas não consigo evitar quando tudo que estou sentindo no momento se resume a uma palavra. Dor.

Ele não falou durante a coisa toda e pelo que pareceram horas os golpes finalmente pararam.

Quando tive coragem de erguer meus olhos para ele, pude ver que estava ofegante mas a raiva ainda podia ser transmitida pelo seu rosto. Ele olhou para mim com ódio antes de finalmente falar.

- Você disse alguma coisa?

Eu não entendi do que ele estava se referindo, então não pude responder nada. Isso foi um erro, porque pareceu irrita-lo mais ainda. Ele se abaixou rapidamente e colocou sua enorme mão em volta do meu pescoço e me levantou para que eu ficasse no mesmo nível dos olhos dele, isso significa que meus pés não estavam encostando no chão.

- Você disse alguma coisa para eles!? ME RESPONDA! - Ele gritava na minha cara, seu rosto vermelha de fúria.

- N-não... eu não disse... nada.- Estava ficando mais difícil de respirar com ele apertando meu pescoço, ainda mais com um dos meus pulmões definitivamente perdurado.

Para meu alívio, fui jogado de volta para o chão e respirei o ar que me faltava. Ouvi os passos de Endervor se afastando mas não consegui olhar para ele, apenas ouvi a última coisa que ele disse antes de sair pela porta.

- Eu espero que você não esteja mentindo para mim, Shouto. - E assim ele se foi pelo corredor. Deixei meus ouvidos atentos caso ele voltasse, mas o que eu ouvi foi a porta da frente abrindo e fechando logo em seguida. Suspirei de alívio. Ele saiu. Me deitei no chão da sala enquanto sentia a agonia causada pelos ferimentos.

Não sabia a quanto tempo estava deitado ali. Minutos ou horas, quem sabe. Só sei que o sangue grudando em minha pele estava começando a incomodar e que eu precisava de um banho. 

Me esforcei para levantar e ir até o banheiro. A caminhada até o cômodo foi mais longa do que eu gostaria, fui me arrastando pelas paredes mas finalmente cheguei até o banheiro. Enquanto tirava as roupas, fiz de tudo para não me olhar no espelho mas uma hora a curiosidade se tornou maior e eu olhei.

Não foi as queimaduras, hematomas de tons roxos, azuis e vermelhos que me surpreenderam. Esses eu já estava acostumado. Não, oque me surpreendeu foi a marca em meu pescoço. Tem um grande hematoma na forma indiscutível de mão que rodeava completamente meu pescoço inteiro. Vai ser muito mais difícil cobrir isso, mas depois eu penso nisso.

Entrei no chuveiro antes que a água pudesse esquentar e fiquei parado em baixo da água corrente. Não fiz nenhum movimento para me lavar, apenas fiquei observando enquanto a água transparente ficava rosa claro e meu sangue descia pelo ralo. 

Depois de alguns minutos saí do banho, me enrolei na toalha, fui para meu quarto e coloquei um pijama leve para não incomodar meus ferimentos. Estava muito cansado para trata-los e a Fuyumi claramente não estava em casa. Me contentei em apenas deitar em meu futon e em apenas alguns segundos eu já caí em um sono sem sonhos.

.

.

Acordei com o som da porta da frente batendo enquanto fechava, olhei para o relógio e era 1:40 da madrugada. Ouvi passos vindo pelo corredor. Eles soavam pesados e desleixados, então não era a Fuyumi. Logo a porta do meu quarto foi aberta com tudo e lá estava ele. Endervor, parado na minha porta enquanto me encarava ainda em meu futon. Rapidamente percebi que ele estava diferente, o cheiro de álcool invadia minhas narinas e se alastrava pelo quarto, seu rosto estava vermelho e suas pupilas dilatadas. Ele está bêbado. E eu sabia oque ia acontecer aqui.

Mas antes que eu pudesse sair do caminho, ele caiu em cima de mim. Me prendeu e me pressionou ainda mais em meu futon enquanto segurava meus pulsos acima da minha cabeça com apenas uma das mãos. Eu senti sua respiração na pele do meu pescoço e, ao mesmo tempo, sua outra mão levantando a camisa do meu pijama para me tocar ainda mais. 

Eu lutei, tentei tirar seu domínio dos meus pulsos mas ele ainda era muito mais forte mesmo bêbado e eu ainda estava ferido. Eu tentei chutar, mas seu corpo, muito maior, estava completamente pressionado contra o meu e impedindo meus movimentos. Eu não consegui fazer nada, mas ainda implorei.

- Pai... por favor pai... para com isso. - Ele não me ouvia.

- Você é tão parecido com sua mãe, mesmo com o lado ruivo.- Mesmo bêbado, ele falava com coerência. Ele sempre dizia isso. Sempre me lembrava de como eu era parecido com minha mãe.

- E agora com esse tamanho... está ainda mais parecido com ela.

Maldita individualidade.

- Para... por favor.

Novamente ele não me escuta. Sinto sua mão descendo até a barra das minhas calças e ele puxa com rapidez, me deixando completamente exposto. 

Depois disso eu não me lembro de mais nada. Me desassociei do meu entorno. Tudo que consigo lembrar é da sensação. Do toque quente e nojento pela minha pele, da dor ardente de quando ele entrou sem preparação. E de algumas palavras ditas no momento: "Tão parecida com ela", "Bonito...", "Você é tão bom pra mim... Shouto".

Isso é tudo de que me lembro. Quando volto a mim, me sinto horrível. Ele não está mais aqui, ele saiu e a porta do meu quarto estava fechada. Olho para o relógio e agora são 3:20. Logo sinto algo em minhas pernas, quando olho vejo algo gosmento de cor branca e sangue escorrendo por elas. O mesmo de quando isso sempre acontece. Não tenho energia para me levantar e me limpar, então prefiro voltar a dormir, afinal tenho aula pela manhã. 

Quando fecho os olhos, adormeço com uma única dúvida se passando pela minha mente... 

"Por que eu não morro de uma vez, assim como o Touya?"

.

.

.

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Aiiii foi difícil escrever esse capítulo T-T

Não vou nem perguntar se vcs gostaram, não tem como gostar desse tipo de coisa!

Mas me aguardem para o próximo cap. Amo vcs florzinhas!

Até mais!!

PALAVRAS: 1246

Infância Perdida (CANCELADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora