AMARELO E BRANCO

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AVISO: Essa não é a versão final deste trecho, mas estou com muito sono para finalizar. Prometo ser breve.

Uma pessoa muito importante pra mim terá que fazer na faculdade um texto sobre o amor com duas palavras: amarelo e branco.

Pedi pra ela me mandar seu rascunho (sinceramente, precisava de uma inspiração para escrever algo aqui) e até hoje ela não mandou.

Senti-me, então, na obrigação de escrever sobre isso, e aqui está.

Espero que isto te toque de alguma forma, caro leitor. Todavia, nada prometo. Enfim, vamos lá:

Sou pessimista enquanto amante.
Talvez seja culpa de meu cupido:
Já sem flechas em sua aljava,
Pois atirou todas em minha direção.

Difícil seguir adiante,
Como um vidro partido.
O cupido acertava
Exclusivamente meu coração.

Não. Nada foi em vão!
Talvez por pena ou compaixão,
Me levou decidido
Para o céu e avante.

Difícil para mim foi compreender
A complexidade dos mundos.
Talvez inconcebível aprender
Pelos meus olhos amargados.

O algodão intocável
Me confortava sem pestanejar.
O branco passava a avisar
Uma tempestade inevitável.

Neste momento,
As nuvens já não eram brancas:
Cobertas pelo cinza da chuva.

O dourado que as iluminava
Tornar-se-ia amarelo.
Aumentando o contraste
Entre a liberdade e solidão.

Talvez o amor não seja tão simples:
Tenho pena do branco:
Traumatizou-se com a ausência pois antes, tudo refletia.
Agora, absorve tudo,
Tentando provar seu valor.

Coitado também do amarelo:
Traumatizado pela abundância,
Com a chegada da tempestade,
Perdeu sua cor.

Meu cupido estava certo:
Pouco se importava em encontrar alguém
Mas sim, se preocupava em me ensinar
A lutar meus traumas.

A nuvem volta ao branco,
E o sol já irradia seu amarelo.
Talvez não sejam feitos um para o outro
Mas se ajudam em equilíbrio.

Os Segredos Que Não Te ConteiOnde histórias criam vida. Descubra agora