Fake dating - Kazuscara

11• Dia 3- Confiar é perder

{Gente... e se eu falar q esqueci completamente da fic...
ME DESCULPEM PVR 😭😭
EM TROCA VOU TENTAR FAZER ESSE CAP MAIS LONGO, SÓ PVR N ME CAÇEM
Agradeço a compreensão 🐓}

~•~

Scaramouche POV

Acordei mais tarde hoje por algum motivo desconhecido, só sei que foi uma das melhores noites da minha vida, dormi como um bebê. No momento que meus olhos abriram, procuro alguém com cabelo loiro e mecha vermelha pelo quarto, mas não encontro nada parecido.

Um minuto, porque estou procurando por ele?

Eu me levanto ouvindo a cama me chamar de volta, mas consigo pisar no chão e ficar de pé. Coloco um roupão por cima do meu corpo sem camisa — honestamente, quem dorme com camisa? — e vou até a varanda olhar a praia. Falando assim, até pareço um velho de cinquenta e três anos.

Foi de repente quando meus olhos encontram minha irmã e Kazuha na faixa de areia, eles pareciam estar tendo uma conversa. Não conseguia definir muito bem, porque mesmo a distância não sendo muita, não conseguia ver direito.

Saio da varanda e coloco uma roupa de banho não tanto chamativa, acho ridículo quando as pessoas ficam olhando as outras na praia. Procuro algo que eu possa levar, mas pego somente meu celular, o livro que Kazuha me deu e meus óculos de Sol. Passo na frente do quarto do meu pai o mais silencioso possível, porque ele tem que dormir bem na frente da saída?

Caminho um pouco até chegar na praia, e cada vez que ia me aproximando a briza aumentava — puta merda, assim vai entrar muita areia no meu livro, vento filho da puta. Vejo que Mona me olha aproximar, e abre aquele sorriso acolhedor de sempre.

— Bom dia irmão!

— Bom dia Mona — olho Kazuha que estava sentado na cadeira, e sorri de uma maneira... diferente... pra mim — B-Bom dia Kazuha.

— Bom dia Scara — ele sorri mais ainda.

"Scara"? Mais que porra é "Scara"?!

Eu me senti na cadeira de plástico ao lado do loiro, fazendo com que ele fique entre eu e Mona. Abro meu livro e começo a ler, fingindo não ter percebido que minha irmã olhou para Kazuha de uma maneira diferente e se levantou logo em seguia. Acho que mesmo com anos de convivência, minha irmã não aprende que é difícil esconder algo de mim.

— Bom-! Eu já vou indo, Fischl me prometeu uma tarde de filmes antes da apresentação do teatro de hoje à noite — Mona se levanta, e pega sua bolsa — Até mais meninos~!

— Até — respondo sem tirar o olho da página.

— Até...- — parece que foi minha irmã sair que Kazuha fica desconfortável. Procuro mostrar que não percebi, porque assim eu vou conseguir saber o que houve.

Ficamos em um silêncio estranho por um tempo, com o loiro olhando o livro e depois o horizonte, ficando nesse looping infinito. O garoto aperta o colar — aquele que dei a ele ontem, fico feliz que tenha gostado — e abre a boca pra falar, mas resiste.

— O que foi? — Pergunto.

— A-Ah!! Nada não, HAHA! — Acho que tem algo de estranho com o garoto.

Ele espera mais uns segundos para voltar a falar.

— Scara você já... namorou...?

A pergunta me deixa estático, porque ele fez uma pergunta como essa a essa altura do campeonato? O que caralhos Mona falou?!

— Não. — Na verdade, eu não menti — Mas se tivesse, o que você teria a ver com isso? — Ótimo, é sempre a mesma pergunta que me tira dis nervos, e faz com que seja grosso com a pessoa que perguntou. Mas falando sério, eu não ligo.

Não ligo ter sido grosso, é minha vida pessoal e ninguém tem nada a ver com isso. Principalmente um cara que nem sei direito o motivo aceitou ser meu "namorado" durante as férias, e nem me conhece direito.

— Eu só fiz uma pergunta cara! Pra que essa grosseria toda? — Kazuha parece realmente irritado, acho que nunca ninguém falou assim com ele.

— Odeio quando se metem na minha vida pessoal. Acho que a essa altura você sabia disso — falo o olhando por cima dos óculos.

Mas na verdade, acho que ele não fazia a ideia. Sempre pareci permitir que ele entrasse cada vez mais na minha vida, e não me incomodar. Mas... eu realmente me incomodo?

— Ok, desculpa. — O loiro me olha sem paciência, e pega seu celular que estava no bolso do short.

Ok, de novo aquele silêncio.

Não pretendo pedir desculpas pela grosseria, e não ligo se ele se incomodar com isso. Mas falando dessa forma, parece que o único que se importa agora sou eu.

— Eu vou voltar para o quarto, até mais tarde — Kazuha se levanta e começa a caminhar de volta para o hotel, e dessa vez ele não sorri.

Caralho, caralho, CARALHO!! Porque eu nunca consigo ter um dia de paz nessa porra sem pensar nisso, nele?! Eu me recuso a falar para o loiro o que aconteceu, porque depois disso tudo vamos fingir que não nos conhecemos, e vou dizer para meu pai que terminamos. Já tenho tudo planejado, e não pretendo ir contra os planos.

Se eu confiar em mais alguém, vou me foder mais que antes. E me recuso.