십 사

18 1 1
                                    

- Onde iremos comer?

- Eu conheci um restaurante aqui perto, é bem profissional para não se sentir desconfortável - ela mau sabia que não importa onde estivéssemos, eu estaria desconfortável.

- Perfeito, posso chamar um taxi?

- Podemos ir no meu carro.

- Sua namorada não vai se importar?

- Não, eu avisei que tinha te reencontrado e que queria conversar contigo.

- Muito maduro da parte dela - olhei pra frente e Ryujin andou um pouco à frente até uma audi X6, preta. Eu tinha certeza que Sooyoung amaria esse carro.

Pensando em Sooyoung, lembrei que não havia falado para ela sobre almoçar com Ryujin, mas isso poderia ser dito no jantar à noite. Eu sei que ela ficaria na defensiva caso contasse agora. Melhor resolver todos os nossos problemas e depois contar a ela.

Entramos no carro e Ryujin dirigiu por aproximadamente 10 minutos até chegarmos em um restaurante bonito, com dois andares, vitrine inteira de vidro com pouca distração.

Dava pra ver o interior com mesas de madeira escura, o ambiente bem iluminado com alguns vasos de planta e garçons e garçonetes com um uniforme azul escuro.

- Você reservou uma mesa pra almoçarmos?

- Sim, fiz mau?

- Isso antes ou depois de eu aceitar?

- Antes - ela coçou a nuca me olhando brincalhona, me arrancando uma risada sincera.

- Achei que a tóxica fosse eu.

- Você foi, mas sei que não é - sorriu de forma reconfortante - podemos entrar?

- Podemos.

Ela abriu a a porta para mim e entrou em seguida. Fomos atendidas por uma mulher educada que após nossa identificação, nos levou a uma mesa no canto do restaurante, longe das mesas mais barulhentas.

- Pode escolher o que quiser, hoje é por minha conta - ela sorriu lindamente me fazendo repetir seu ato.

Fizemos nossos pedidos com pratos tradicionais coreanos, mas que entregavam certa elegância. Eu sempre me lembrava de como era fácil viver ao lado de Ryujin. E mesmo no silêncio de nossa degustação, ainda era confortável estar ao seu lado.

Sorvei um gole de meu vinho antes de limpar a boca e descansar o guardanapo ao lado de meu prato vazio.

Após um curto tempo, Ryujin também terminou seu prato, aguardamos um garçom retirar nossos pratos e Ryujin pediu mais uma taça de vinho, para que nossa conversa fosse minimamente confortável. Era fácil sentir o novo clima, tão tenso que estava quase palpável.

- Eu gostaria de te pedir desculpas - ela me olhou intensamente.

- Pelo que, exatamente?

- Por tudo ter acontecido como foi. Pela traição conturbada, por não reclamar dos seus surtos antes de tudo explodir. Talvez algo pudesse ter sido feito antes de chegarmos naquela situação.

- Eu não ajudava muito. Não é como se você não tivesse tentado conversar várias vezes e eu tivesse me esquivado.

- Ainda assim eu deveria ter sido mais incisiva.

- Eu passei por muita coisa no pós-término. Foi uma reconstrução e tanto. Eu passei a meditar, correr mais, surfar. Para entender que eu também havia errado muito e provavelmente mais que você.

- Todos diziam que você tinha uma conta no Instagram escondida.

- Não era escondida, você me seguia antes de eu te bloquear.

Love AgainOnde histórias criam vida. Descubra agora