Capítulo 3: Seres Sobrenaturais

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  O cérebro humano tem a incrível capacidade de saber, a impressão de se estar sendo observado

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  O cérebro humano tem a incrível capacidade de saber, a impressão de se estar sendo observado. A amígdala – parte do cérebro que permite detectar e responder a ameaças – trabalham muito mais do que percebemos. Por isso, se está a caminhar e tem a estranha sensação de que está sendo observado, o mais provável é que o cérebro tenha captado sinais que escapam ao seu campo de visão mais direto. E essa sensação estranha continuava incomodando Jimin, além da imagem daquele homem o observando no seu quintal.

A intuição também era uma arma poderosa, ainda mais para uma pessoa intuitiva como Jimin. E sua intuição não estava o deixando muito feliz naquele momento. Era como se existisse uma coisa sobrenatural, ainda mais quando ouviu o som de vários pássaros voando em sua sala. O pequeno olhou ao redor, se afastando da janela, não vendo nada, segurou uma tocha de seu cabelo sedoso e puxou, quase arrancado.

— o que foi, miniatura humana, está com medo? — perguntou o moreno de repente com um sorriso, fazendo Jimin dar um pulo e espalmar a mão no peito.

— como foi que você entrou aqui? — perguntou Jimin arregalando os olhos ao ver o homem no meio de sua sala.

— isso não é importante — respondeu andando até a janela, afastando a cortina para olhar o lado de fora.

— como não? — perguntou Jimin cruzando os braços, mais calmo.

Curiosamente, aquele homem misterioso o fazia se sentir protegido, seguro.

— não abra a porta para estranhos e nem deixe pessoas suspeitas tocarem em você — começou o moreno soltando a cortina e voltando os olhos para o menor.

— bem, você está aqui dentro e está falando comigo — replicou Jimin erguendo a sobrancelha debochado, vendo o moreno sorrir.

— eu não sou estranho e nem suspeito, miniatura humana — disse o moreno abrindo um sorriso mais largo, erguendo uma sobrancelha ao ver o menor soltar a respiração.

— Pak Jimin, meu nome é Pak Jimin! — corrigiu o loiro com as bochechas infladas e vermelhas.

— Jeon Jeong Kuk, seu anjinho da guarda, prazer, loirinho — se apresentou afrontoso, fazendo Jimin semicerrar os olhos para si.

— ainda não me respondeu como entrou aqui, Jeon Jeong Kuk — relembrou Jimin dando ênfase ao nome do moreno, o vendo continuar a sorrir divertido.

— já disse, não é importante — replicou andando até o menor, parando em sua frente.

O loiro descruzou os braços e olhou para o maior perto de si, um passo de distância, o vendo olhar ao redor. O moreno estava em busca de lugares perfeitos para que pudesse deixar sua marca, para proteger o pequeno de coisas sobrenaturais. De alguma forma, aquele sentimento do início de tudo há 21 anos atrás, ainda estava ali, o fazendo querer proteger Jimin de tudo. Era como se fosse uma força maior, nunca em seus milênios de vida sentiu algo como aquilo.

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