Capítulo 2: Anjos da Morte

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Coreia do Sul

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Coreia do Sul.

Seoul, ano de 2023.

   O clima estava agradável na grande capital, mas para Jimin era só um lembrete de qual estação estavam. As malditas folhas amarelas e laranjas forrando as árvores nas ruas e quintais, sendo sacudidas pelos ventos fortes da estação. Se lembrava perfeitamente de ficar horas e horas olhando para as malditas folhas pela janela do hospital, enquanto o psicólogo tentava lhe fazer contar a verdade. Essa que sempre dizia, mas que todos insistiam em não acreditar.

"Não, Jimin, não tinha ninguém lá, era só você e o seu Appa", "São apenas coisas criadas por sua cabeça, pelo trauma".

Sempre ouvia coisas como essa, mas tinha certeza do que viu, e era o suficiente saber disso. Então acabou deixando de lado e os deixando levar as consultas à frente, o deixando livre finalmente. Passando de um lado para o outro, achou uma família que o acolheu bem, os Kim's. Kim Nam Jun e Kim Seok Jin o adotaram, assim como o seu melhor amigo – esse que fez amizade em um dos lares –, tendo assim um lugar para voltar ao final do dia. Não bastava ser caçoado por ser um tipo especial de homem e delicado, era julgado o tempo todo por ser paisagista.

Naquela tarde, Jimin estava voltando para casa feliz que tinha entregue um projeto muito importante, e bem feito. O bom de ser paisagista, era que só ia na empresa para entregar os projetos e pegar novos, sempre trabalhando em casa, em paz. Ainda mais que nessa época costumava ficar de certa forma melancólico, nem mesmo saindo muito com seu irmão de criação, Kim Tae Hyeong.

Enquanto pensava, parou para esperar que o sinal se abrisse para poder atravessar, contando os segundos na tela, tentando ajustar as lentes de contato. O problema na visão veio depois do acidente, a pálpebra de seu olho esquerdo teve que levar até pontos. Desde então foi obrigado a usar óculos e, até então, lentes de contato. O sinal abriu, o dando liberdade para atravessar a rua, mas por ser pequeno – ao menos diziam que era pequeno –, o fez trotar um pouco para atravessar, acabando por esbarrar de leve em uma pessoa. E então o viu, o homem moreno vindo em sua direção, atravessando a rua.

Em meio a multidão de pessoas indo e vindo no centro da faixa de pedestres, Jimin viu quem jurou ter visto uma única vez em sua vida. O moreno simplesmente passou por si, parado no meio da rua de olhos arregalados e sem reação. Chegou a achar que era realmente fruto de sua cabeça, mas lá estava o homem, o maldito homem que atormentou sua mente por anos e anos.

Então saiu do transe com as buzinas, voltando a correr em direção aonde o homem foi. O vendo de costas ao longe, a cabeleireira negra um tanto longa, o corpo grande e atlético, inconfundível. E correu, Jimin correu até alcançar o homem e o passou, atravessando em sua frente com a respiração desregulada. Os olhos escuros do moreno se conectaram com os seus castanhos claros, o deixando sem fôlego por um momento com toda a beleza do estranho.

Parecia um anjo.

— você, quem é você? — perguntou Jimin apontando para o maior, recuperando o fôlego.

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