Estava na água curtindo o rio, quando observo um cardume de peixes se aproximando, fico imóvel esperando eles passarem pego um com as mãos e como. Amo peixe, é um dos alimentos que mais gosto. Gosto muito de mel e também de carne. Aqui na Reserva me eu me sinto vivo e livre.
Quando estava na Mercile sofri muito, passei por todo tipo de tortura (choques elétricos, surras, sede, fome, dor), ainda tenho pesadelos com aquele lugar. Eu não era misturado com os outros Nova Espécies, sempre me deixaram só em uma cela no subsolo, no escuro. Eu só tinha contatos com alguns humanos: Fred, Alan e Rene. Eram eles que "cuidavam" de mim com todo o prazer e sadismo possível. Rene me viu desde que eu era um filhote, apanhei muito daquele humano e sofri todo tipo de abuso possível dele, até o dia que passei a usar minhas garras e presas para me defender. Depois que cresci e me tornei mais forte, consegui o machucar por pouco não foi mortalmente, mas depois disso nunca mais ele abusou de mim sexualmente, a arma que ele passou a gostar de usar em mim depois que quase morreu foi a arma de choque. Ele usava ela com todo o prazer do mundo. Fred e Alan davam cobertura para Rene e eu sempre ouvia suas risadas durante as torturas. Fred era o que menos me prejudicava e até me lançava comida as vezes, mas era tão ruim quanto os outros.
lembrança:
Rene: olá, 315, você deve estar com sede e fome, não? - disse o humano olhando para mim com uma barra que dava choque nas mãos. - Estava me sentindo fraco, não me davam comida e agua há dias. A cela imunda e com cheiro forte de fezes e urina. Eu não tinha forças para me levantar e nem reagir, minha mente está se apagando. Não sei se eu vou conseguir sobreviver dessa vez aos choques elétricos que esse humano imundo irá me dar. Irei morrer aqui nessa sujeira nas mãos desse humano. Eu já aceitei meu destino, não há mais o que fazer.
Rene: Eu vim matá-lo você sabe, não é mesmo? Você não merece viver sua aberração! O Doutor disse que você não possui mais serventia para ele. Eu vou ficar triste por não ter mais ninguém em quem descontar minha raiva. Tantas lembranças desde que você era uma aberraçãozinha... mas infelizmente depois dos acontecimentos da semana passada temos que nos livrar de você - Ele sorri ao olhar para mim e liga o aparelho de choque entrando na cela, eu gostaria de matá-lo. Mas estou fraco e acorrentado. Senti que estava prestes a perder a consciência, minhas vistas estavam embaçando. De repente ouço uma explosão e muitos tiros, sinto cheiro de muitos machos como eu, fumaça e pólvora e vejo eles vestidos de preto com capacetes na cabeça e armas. Vejo o momento exato em que um deles agarra Rene pelo pescoço e o corta e observo o corpo Rene sem vida caindo no chão. Senti um prazer enorme ao ver aquele humano morto. Agora posso morrer feliz. Mas como esses machos conseguiram escapar?
-NI: Ei macho, você vai ficar bem. Já resgatamos todos os outros há alguns dias, não sabíamos que você estava aqui embaixo. Foi outro macho resgatado que indicou o lugar onde você estaria, aqui é o subterrâneo e a entrada é bem escondida por isso não te encontramos na primeira vez que viemos aqui. A partir de agora você é livre!
Essa foi a última frase que ouvi antes de ficar inconsciente. Acordei em Homeland, lá tinha muitos humanos me tratando entrei em desespero fui sedado várias vezes até eles me tratarem, eu queria atacar os humanos mas os outros NIs não deixaram. Me acorrentaram, senti ódio daqueles machos por me machucarem e me acorrentarem.
NI: Calma Fear, você vai se machucar, estamos tratando de você. Os humanos que trabalham para nós são bons, não são como os de Mercille.
Fear: Meu nome não é Fear é 315, e eu não quero ninguém me tocando e me furando com essas agulhas. Você disse que eu seria livre e está me torturando como os outros humanos imundos!
NI: Não Fear, 315 não é um nome é um número de identificação dado por Mercille. E eu me recuso a chamar um irmão por esses números horríveis. Estamos tratando de você, logo você estará na reserva. Você vai amar aquele lugar.
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Fear
FanfictionEssa história irá contar como os caminhos de um Nova Espécie Territorialista e desacreditado do amor chamado Fear e o de uma jovem mulher cheia de cicatrizes na alma, chamada Luanda se cruzam e se completam. Espero que goste da leitura.