18. Fear

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Acordo sentindo as mãos de minha companheira nos meus cabelos e pelos do meu rosto. Sentir o cheirinho dela, o corpo dela macio e pequeno e os seus deliciosos seios em minha boca, o seu gosto doce e morninho descendo pela minha garganta. Eu não quero nem abrir meus olhos de tão feliz e em paz que estou. Minha companheira é perfeita. 

Eu continuo mamando de olhos fechados sentindo seus dedos suaves me acariciando enquanto penso que tenho que fazê-la minha em todos os sentidos. Eu sinto medo dela me rejeitar como as outras fêmeas me rejeitaram quando estava em Mercille para os testes de acasalamento. Não sei por onde começar para agradar minha fêmea. Me sinto inseguro, as vezes evito olhar em seus olhos com medo dela me rejeitar, sei que tanto espécies como humanos se sentem nervosos quando olham meus olhos. Todos dizem que eles são estranhos e assustadores pois são muito negros. Mas eu vou fazer de tudo para que minha fêmea me aceite.

Abro meus olhos e olho para ela, ela sorri para mim enquanto continua me acariciando. Eu ainda fico admirado dela não ter medo de mim. Eu me sinto feliz ao ver seu belo sorriso direcionado para mim. Me sinto excitado, fazia tempo que não sentia desejo por uma fêmea. Ela desperta todas as vontades em mim, eu sinto o cheiro de sua intimidade e tenho vontade de estar dentro dela, mas não quero assustá-la. Quero que ela me aceite como seu companheiro, não sei como pedir para ela. Não sei como conversar. Eu nunca precisei falar muito, quando alguém entrava em meu território eu simplesmente rosnava e atacava. Na Mercille eu também não precisava falar eu grunhia e rosnava para aqueles humanos nojentos e era só. 

Sinto o cheiro de Valiant por perto. Eu me levanto atento e vou para a porta.

Luanda: O que foi está tudo bem?

Eu rosno para a porta para afastar Valiant.

Valiant: Oi Fear, eu não vim brigar. Na verdade vim saber como vocês estão e trazer comida para a Luanda e mais algumas roupas para você.

Ouço minha humana se mexer na cama para tentar se levantar, volto para o quarto para impedi-la já que ela levou uma pancada na cabeça forte, chego a tempo de ver ela se desequilibrando em pé e pego ela no colo. Ela se assusta ao perceber que estou carregando ela no colo.

Luanda: Não, eu sou muito pesada! Você vai machucar suas costas. Me coloca no chão. - Eu a olho sem entender nada e agarro mais forte, ela não é pesada. É leve e macia, ela é perfeita para mim. Ouço Valiant entrar e a coloco na cama novamente.

Valiant: Luanda, estou entrando, vim trazer comida para vocês. - minha humana levanta rápido da cama e corre em direção a porta com seu jeito desengonçado de tentar correr. Eu sinto vontade de sorrir de seu jeitinho engraçado, mas meu sorriso morre ao perceber que Valiant já entrou e a alegria dela para outro macho que não sou eu.

Luanda: Valiant! Que alegria te ver bem, você se feriu muito? Perguntei por você ao Dr. Mil, mas ele me disse que você estava bem mas que suas costelas precisaram de imobilização.

Valiant: Eu vou ficar bem, só fui pego desprevenido. Na próxima o grandão do Fear não me pega- Rosno ao entrar na sala e ver minha humana abraçada a Valiant com um enorme sorriso no rosto.

Valiant me olhou desconfiado e se preparou para um ataque meu eu simplesmente peguei minha humana e a tirei de perto dele. Sentei no sofá com ela no meu colo e agarrei bem firme para ela não ir abraçar Valiant de novo. Eu quero os carinhos dela só para mim. E também não quero brigar com Valiant agora porque estou próximo da minha humana e já percebi que ela não gosta de brigas perto dela.

Luanda: Fear, você não vai cumprimentar o Valiant? 

Eu grunhi em resposta e fiz um sinal com a cabeça como sempre fiz quando Valiant ia me visitar em meu território.

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⏰ Última atualização: Mar 02 ⏰

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